Docentes ameaçam processar o Governo
Sindicatos prolongam greve e garantem que vai haver exames.
As organizações sindicais que representam os professores ponderam avançar com "ações judiciais contra o Estado Português, caso este não cumpra com as obrigações".
Em causa está a contabilização integral do tempo de serviço dos docentes que esteve congelado - 9 anos, 4 meses e 2 dias -, mas que o Governo rejeita pagar na totalidade.
"A nossa entidade empregadora é o Estado, e os professores são credores do Estado Português", disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, após reunião dos vários sindicatos.
Segundo o Governo, a sua proposta, de contabilizar 30% do tempo congelado, representaria uma despesa anual de 140 milhões de euros, enquanto a dos sindicatos custaria, por ano, 600 milhões de euros, a partir de 2023.
Os sindicatos anunciaram um calendário de greves, que não incidirão sobre os exames: de 18 e 29 de junho, que poderá estender-se até 15 de julho "caso a situação não esteja resolvida"; o primeiro dia de aulas do próximo ano letivo (14 de setembro), e a primeira semana de outubro.
Para a semana o Ministério da Educação volta a reunir com os sindicatos.
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