Hospital sem pulseira eletrónica para bebés
Queixa motivou investigação da Entidade Reguladora da Saúde à unidade hospitalar de Santa Maria da Feira.
O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV), ao qual pertence o Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, não tinha, em novembro de 2017, pulseiras eletrónicas para os recém-nascidos - um procedimento de segurança obrigatório para evitar, por exemplo, raptos.
O caso, denunciado pelos pais através de uma reclamação, motivou uma investigação por parte da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Em resposta à ERS, o hospital justifica a carência de dispositivos de segurança com o facto de terem nascido "muitos bebés". A ERS concluiu, assim, que vários recém-nascidos internados "não eram todos portadores de tal sistema de segurança".
O regulador emitiu uma instrução ao CHEDV para que garanta, de forma contínua, "o escrupuloso cumprimento de todos os procedimentos e medidas de segurança". A entidade pede à unidade hospitalar para que "reitere, junto dos colaboradores, a necessidade de estrito cumprimento por si adotados".
A Entidade Reguladora da Saúde exige ainda que seja realizada uma auditoria aos procedimentos de segurança da unidade hospitalar.
O hospital tem 30 dias para dar conta dos procedimentos que adotou, e caso não acate as instruções da ERS, pode ser punido com uma contraordenação que pode ir de mil euros a 44 800 euros.
Doentes internados em casas de banho
O Hospital de Vila Franca de Xira teve "centenas de utentes" internados em refeitórios ao longo de quatro anos, havendo também casos de doentes internados em casas de banho, concluiu a Entidade Reguladora da Saúde.
A unidade hospitalar é gerida em regime de parceria público-privada.
A ERS relata que não se trata de uma medida excecional e que "não tem qualquer relação com o aumento de procura dos serviços do hospital".
Pormenores
Morre com alergia
João Fernandes morreu a 07 de maio de 2017 devido a uma reação alérgica a um remédio. O caso, noticiado pelo CM, motivou uma investigação pela ERS.
O regulador concluiu que o Centro de Saúde de Arouca falhou, sendo que não comunicou a ocorrência no Sistema Nacional de Notificação de Incidentes.
Morte não comunicada
Uma mulher só soube do falecimento da mãe, internada no Hospital de Faro, três dias após a sua morte, na sequência de uma tentativa de visita. O caso foi investigado pela ERS.
Amadora-Sintra falha com grávida
O Hospital Amadora-Sintra sugeriu a uma grávida, em trabalho de parto, deslocar-se pelos próprios meios para outra unidade hospitalar por falta de vagas na instituição.
O caso, ocorrido em agosto do ano passado, foi denunciado pela utente numa reclamação e investigado pela ERS.
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