Funcionários e médicos criticam presidente da Cruz Vermelha por transformar unidade sem condições

Médicos defendem que Hospital da Cruz Vermelha entrou num processo de ruína.

08 de abril de 2020 às 08:27
Francisco George diz que ninguém lhe apresentou qualquer queixa Foto: Direitos Reservados
Hospital da Cruz Vermelha vive clima tenso Foto: Vítor Mota

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Mais de cem funcionários, entre os quais 40 médicos, do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP) acusam o presidente da instituição, Francisco George, de "pôr em risco a sobrevivência clínica e económica" da unidade de saúde de Lisboa.

"O HCVP entrou num processo de ruína económica e financeira", lê-se numa longa carta assinada por médicos, enfermeiros e técnicos enviada ao Presidente da República, ao Parlamento, ao primeiro-ministro e aos ministros de Estado, da Defesa e da Saúde. Na missiva, a que o CM teve acesso, refere-se que "manter no cargo o Dr. Francisco George é o caminho mais direto para a falência".

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Na origem da contestação está o HCVP ter oferecido "os seus préstimos ao Serviço Nacional de Saúde quando antes tinha sido decidido manter o "hospital livre de Covid". Na denúncia, refere-se que "o número de camas oferecido publicamente (110 de internamento e 17 de Cuidados Intensivos) não corresponde à realidade" e esse será um dos argumentos para considerarem "este comportamento do Dr. Francisco George suicidário". Contactado pelo CM, Francisco George disse desconhecer a carta em pormenor. "Desconheço o assunto, estranho nenhum deles ter falado comigo", disse.

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