Funcionários e médicos criticam presidente da Cruz Vermelha por transformar unidade sem condições
Médicos defendem que Hospital da Cruz Vermelha entrou num processo de ruína.
Mais de cem funcionários, entre os quais 40 médicos, do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP) acusam o presidente da instituição, Francisco George, de "pôr em risco a sobrevivência clínica e económica" da unidade de saúde de Lisboa.
"O HCVP entrou num processo de ruína económica e financeira", lê-se numa longa carta assinada por médicos, enfermeiros e técnicos enviada ao Presidente da República, ao Parlamento, ao primeiro-ministro e aos ministros de Estado, da Defesa e da Saúde. Na missiva, a que o CM teve acesso, refere-se que "manter no cargo o Dr. Francisco George é o caminho mais direto para a falência".
Na origem da contestação está o HCVP ter oferecido "os seus préstimos ao Serviço Nacional de Saúde quando antes tinha sido decidido manter o "hospital livre de Covid". Na denúncia, refere-se que "o número de camas oferecido publicamente (110 de internamento e 17 de Cuidados Intensivos) não corresponde à realidade" e esse será um dos argumentos para considerarem "este comportamento do Dr. Francisco George suicidário". Contactado pelo CM, Francisco George disse desconhecer a carta em pormenor. "Desconheço o assunto, estranho nenhum deles ter falado comigo", disse.
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