Centenas de pessoas manifestam-se contra assédio sexual na Universidade do Minho

Alunos dizem que o assédio sexual “acontece há dez anos”, levado a cabo por professores, funcionários, alunos e “pessoas de fora”.

03 de dezembro de 2021 às 09:39
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Cátia, 21 anos, estudante de Psicologia. Carolina, 20 anos, aluna de Línguas Estrangeiras. Raquel, 20 anos, do curso de Relações Internacionais, todas da Universidade do Minho, deram esta quinta-feira a cara e a voz a um protesto que juntou várias centenas de estudantes da Academia Minhota contra o assédio sexual que, dizem, “acontece há dez anos”, levado a cabo por professores, funcionários, alunos e “pessoas de fora”.

“Estava a sair da Universidade sozinha, às 02h00, quando apareceu um homem do meio dos arbustos a masturbar-se à minha frente”, relatou Cátia, durante o protesto. A aluna já foi atacada duas vezes, a última há menos de dois meses. Mas há relatos de ataques deste exibicionista desde 2010. As últimas queixas levaram a reitoria da UM a mandar “cortar os arbustos” em frente ao CP1, onde os ataques são mais frequentes, mas os alunos saíram esta quinta-feira à rua para exigir “medidas estruturais e eficazes”. “Queremos apoio psicológico, uma linha própria para denúncias, formação do pessoal docente e discente, além do lógico reforço das medidas de segurança”, vincou Raquel.

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Os estudantes marcharam três quilómetros, entre o campus de Gualtar e a Reitoria, no centro de Braga, mas recusaram-se a entrar para falar com o vice-reitor. “Ou vem falar com todos ou não entra ninguém.”

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