Estudantes ocupam escolas e faculdades em Lisboa em protestos pelo fim dos combustíveis fósseis
Jovens exigem demissão de ministro por defender prospeção no Algarve.
Centenas de alunos ocuparam esta segunda-feira seis escolas secundárias e faculdades em Lisboa, onde tencionam ficar até sexta-feira, num protesto pelo fim dos combustíveis fósseis.
“Defendemos o fim do recurso aos fósseis para a produção de energia até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, por defender a prospeção na área do Algarve”, afirmou Carolina Loureiro, do movimento Greve Climática Estudantil.
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa foi uma das primeiras a ser ocupada, pelas 9h00. Cerca de uma dezena de alunos levaram sacos-cama e colchões.
“Além do ativismo, vamos ter palestras, workshops e aulas com o apoio de professores”, disse Carolina Loureiro. Cerca de meia centena de alunos concentraram-se no pátio do Liceu Camões. Já a Escola Artística António Arroio foi ocupada por uma centena de alunos. “Ficamos até sermos ouvidos”, disse o porta-voz William Hawkey. Estavam previstas também ações na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no Instituto Superior Técnico. Este protesto coincide com a Conferência das Nações Unidade sobre Alterações Climáticas, que decorre no Egito (ver pág. 28). No sábado há uma manifestação no Campo Pequeno.
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