Tempo de espera para doentes urgentes pode chegar às 18 horas na região de Lisboa
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além das duas horas.
Os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais da região de Lisboa variavam às 07h30 desta quinta-feira, entre as mais de 18 horas, no Beatriz Ângelo, em Loures, e uma hora no Garcia de Orta, em Almada.
O diretor-geral das Urgências Gerais do Hospital de Santa Maria, João Gouveia, revelou esta quinta-feira em declarações que o previsto é que "o pico da gripe seja na segunda semana de janeiro", revelando que a principal causa da ida ao hospital por parte dos doentes é a gripe. Revela, ainda, que quanto aos tempos médios de espera, "o do último doente era de 18 horas"
Às 22h00 de quarta-feira, os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais da região de Lisboa variavam entre as mais de oito horas, no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e os 47 minutos, no Garcia de Orta, em Almada.
De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, consultados pela agência Lusa, 38 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se cerca das 07h30 desta quinta-feira no serviço de urgência geral do hospital Beatriz Ângelo com um tempo médio de espera de 18 horas e 21 minutos, enquanto o tempo recomendado é de 60 minutos.
No hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), o tempo médio de espera era de nove horas e 55 minutos, estando àquela hora 44 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central.
Nos hospitais São Francisco Xavier, São José (ambos em Lisboa) e Garcia de Orta (Almada), o tempo de espera era de três horas e 1 minutos (2 pessoas), uma hora e 18 minutos (duas pessoas) e de uma hora e 29 minutos (12), respetivamente.
Na região do Porto, segundo a informação consultada pela Lusa, no Hospital de Santo António o tempo de espera para doentes urgentes era de oito horas e 20 minutos, mas cerca das 07h30 estava apenas um pessoa à espera para ser atendida.
No Hospital S. João, o tempo médio de espera era de uma hora e 38 minutos para doentes urgentes, enquanto no Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes era de três horas e 32 minutos (8 pessoas à espera).
No Hospital Eduardo Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, estavam à espera na urgência polivalente 16 pessoas com pulseira amarela, com tempo de espera de duas horas e 22 minutos.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
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