Açores registam 1,9 milhões de dormidas turísticas em 2021, abaixo do valor de 2019
Mais de metade foram residentes em Portugal.
Os Açores registaram cerca de 1,9 milhões de dormidas em alojamentos turísticos em 2021, mais do dobro do valor verificado em 2020, mas inferior ao de 2019, revelou esta segunda-feira o Serviço Regional de Estatística (SREA).
"De janeiro a dezembro, no conjunto dos estabelecimentos hoteleiros (hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos e pousadas), do turismo no espaço rural e do alojamento local da Região Autónoma dos Açores registaram-se 1 897,9 mil dormidas, valor superior em 122,1% ao registado em igual período de 2020", lê-se no relatório da atividade turística referente a dezembro de 2021, divulgado esta segunda-feira na página do SREA.
Já em comparação com 2019, ano anterior à pandemia de Covid-19, o número de dormidas é "inferior em 35%".
Mais de metade das dormidas em alojamentos turísticos nos Açores em 2021 foi de residentes em Portugal (1,1 milhões), que registaram "um acréscimo homólogo de 101,7%".
As dormidas de residentes no estrangeiro atingiram 757,3 mil, mas apresentaram um crescimento superior face ao ano anterior (161,9%).
Segundo o SREA, o crescimento de dormidas nos Açores foi superior à média de Portugal, que apresentou "uma variação homóloga positiva de 45,2%",
Já o número de hóspedes nos Açores cresceu 112%, face a 2020, situando-se nos 610,3 mil, entre janeiro e dezembro de 2021.
Desde 2019, o registo mais elevado de dormidas ocorreu no mês de agosto desse ano (perto de 465 mil) e o mais baixo em maio de 2020, com 2,3 mil dormidas.
Olhando apenas para o mês de dezembro de 2021, contabilizaram-se nos diferentes tipos de alojamento turístico 88,8 mil dormidas nos Açores, mais 130,2% do que no mesmo mês em 2020.
Os estabelecimentos hoteleiros, com cerca de 1,2 milhões de dormidas, representaram mais de metade das dormidas em alojamentos turísticos na região em 2021.
O valor foi "superior em 120,8% ao registado em igual período de 2020 e inferior em 37,5% relativamente a igual período de 2019".
As dormidas de turistas nacionais (782,6 mil) foram superiores às de turistas estrangeiros (401,6 mil), ao contrário do que se verificou em 2019, em que a região registou cerca de um milhão de dormidas de residentes no estrangeiro e 872 mil dormidas de residentes em Portugal.
A recuperação de dormidas face a 2020 foi ainda assim maior entre os residentes no estrangeiro (166,1%) do que entre os residentes em Portugal (103,1%).
Os proveitos totais na hotelaria aumentaram 156,8%, em comparação com 2020, e os proveitos de aposento 164,2%.
Em dezembro, "o rendimento médio por quarto utilizado foi de 63,1 euros".
Todas as ilhas "apresentaram variações homólogas positivas", em 2021, com Faial (202,1%), São Miguel (131,4%) e Pico (118,3%) a registarem os valores mais acentuados.
"A ilha de São Miguel com 782 mil dormidas concentrou 66,0% do total das dormidas, seguindo-se a Terceira com 183,2 mil dormidas (15,5%), o Faial com 86,9 mil dormidas (7,3%) e o Pico com 52,8 mil dormidas (4,5%)", acrescenta o SREA.
O turismo em espaço rural registou o maior crescimento face a 2020 nas dormidas de turistas estrangeiros (301,55%), que superaram mesmo as dormidas de turistas nacionais.
Ao todo contaram-se 53,8 mil dormidas nesta tipologia, em 2021, das quais 25,7 mil de residentes em Portugal (mais 151,1%) e 28,1 mil de residentes noutros países.
Em comparação com 2020, o turismo em espaço rural registou mais 212,2% de dormidas, mas face a 2019 verificou menos 21,5%.
Já o alojamento local "registou 659,9 mil dormidas", em 2021, "representando um acréscimo homólogo de 119,1%" e "um decréscimo de 30,9% relativamente ao mesmo período de 2019".
A distribuição das dormidas por residentes nacionais (332,3 mil) e estrangeiros (327,5 mil) foi mais equilibrada.
Ainda assim, a recuperação face a 2020 foi mais acentuada no mercado estrangeiro (149,5%) do que no mercado nacional (95,6%).
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt