Agir nos primeiros minutos após paragem cardíaca aumenta em 70% a sobrevivência

Por cada minuto que passa sem intervenção, as probabilidades de sobrevivência são reduzidas em 10%.

27 de setembro de 2025 às 00:43
Coração humano Foto: Getty Images
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O diretor do Hospital Universitário Sanitas La Moraleja, em Espanha, disse na sexta-feira que atuar eficazmente durante os primeiros dois minutos após uma paragem cardíaca aumenta as probabilidades de sobrevivência em mais de 70%.

O diretor médico e especialista em cuidados intensivos, Pablo Turrión, disse ainda que por cada minuto que passa sem intervenção, as probabilidades de sobrevivência são reduzidas em 10%.

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Pablo Turrión acrescentou que 80% das paragens cardíacas fora do hospital ocorrem em casa.

Em Portugal, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estimou que ocorrem cerca de 10.000 paragens cardíacas por ano fora do hospital, segundo o `site´ da rede nacional portuguesa que apoia as farmácias, a Rede Elo Farma.

De acordo com Pablo Turrión, em Espanha, são registados anualmente cerca de 30.000 casos de paragens cardíacas fora de hospitais, com uma taxa de sobrevivência inferior a 10%.

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A organização dedicada a combater doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais American Heart Association (onde Pablo Turrión é instrutor) estimou que por cada 1.000 a 1.500 pessoas formadas em reanimação cardiovascular, uma vida é salva.

O especialista defendeu que é necessário ensinar as pessoas a usar desfibrilhadores externos semiautomáticos (aparelhos que executam um choque elétrico para restaurar o ritmo cardíaco normal).

Para Pablo Turrión, também é importante equipar os espaços públicos, as comunidades vizinhas e as pequenas empresas com desfibrilhadores externos semiautomáticos.

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O médico indicou que nas escolas, os alunos deveriam aprender primeiros socorros e reanimação cardíaca, começando com exercícios e jogos simples no ensino primário e formação prática no ensino secundário.

Pablo Turrión referiu ainda que a formação deve ser atualizada periodicamente através de cursos que permitam à população reforçar os seus conhecimentos a cada um ou dois anos.

"Além disso, a aquisição de competências de primeiros socorros não só aumenta a confiança para responder a uma emergência, como também transforma casas, escolas e espaços públicos em ambientes mais seguros para todos", indicou Pablo Turrión.

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O especialista destacou que a formação em reanimação cardiovascular e primeiros socorros é crucial não só em paragens cardíacas, mas também são essenciais quando alguém se engasga, sofre hemorragias ou traumatismos.

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