Coronavírus já matou 535 pessoas em Portugal. Há 16934 infetados

Número de casos recuperados mantém-se nos 277.

13 de abril de 2020 às 12:28
Investigação ao coronavírus Foto: Direitos Reservados
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Subiu para 535 o número de mortos por coronavírus em Portugal, segundo informação avançada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) esta segunda-feira. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela DGS, registaram-se mais 31 vítimas mortais nas últimas 24 horas. Relativamente a domingo, observou-se um aumento percentual de 6,2%.

No total estão 16934 pessoas infetadas, mais 349, o que representa um aumento de 2,1% face a domingo. 3264 aguardam ainda pelos resultados laboratoriais.

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Até ao momento há 1187 pessoas internadas, das quais 188 encontram-se em unidades de cuidados intensivos. Registaram-se 40 saídas destas unidades nas últimas 24 horas.

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O número de casos recuperados mantém-se nos 277.

Segundo o boletim epidemiológico, a distribuição dos casos faz-se da seguinte forma: a região Norte tem 303 mortos e 9984 casos; a região Centro contabiliza 123 mortes e 2477 casos; já na região de Lisboa e Vale do Tejo são 96 as mortes registadas e 3896 pessoas infetadas; a região do Alentejo continua sem registar mortes e conta com 140 casos; a região sul, do Algarve, contabiliza 9 vítimas mortais e 284 casos de Covid-19. O boletim regista ainda quatro óbitos nos Açores.

Desde dia 1 de janeiro de 2020 que já foram registados um total de 139184 casos suspeitos.

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Momentos depois de ser divulgado o boletim diário da DGS, foi realizada a habitual conferência de imprensa. Marta Temido, Ministra da Saúde marcou presença nesta conferência, assim como Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde. Depois de explicar os dados divulgados no boletim, Marta Temido deu conta de que "há um conjunto de doentes a serem acompanhados telefonicamente". Tendo isto em conta, estão cerca de 73 mil profissionais a controlar esses mesmos doentes.

Durante as suas declarações, Marta Temido referiu que, desde o dia 1 de março, já foram realizados 179 mil testes ao Covid-19. O dia 9 de abril foi o dia em que se registaram mais testes, "cerca de 11 mil", referiu a ministra da Saúde.

Relativamente ao reforço de material, a ministra da Saúde referiu que foram feitas encomendas externas e internas de equipamentos de proteção individual. Destas encomendas fazem parte "19 milhões de máscaras cirúrgicas". São várias as empresas que têm também ajudado neste aspeto, com a produção de batas, fatos de proteção integral e toucas.

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"Estão a ser feitos reforços para a entrega de mais ventiladores", admitiu ainda Marta Temido, revelando estarem a ser feitos alguns contactos com a China.

Nesta conferência, Marta Temido revelou que a "DGS acaba de publicar uma informação sobre o uso de máscaras na comunidade". Marta Temido voltou a reforçar a recomendação da DGS no que diz respeito à utilização de máscaras cirúrgicas. A ministra da Saúde deu conta de que a DGS avança que a máscara pode ser utilizada por qualquer pessoa, mediante o espaço ou o elevado número de pessoas. As máscaras não cirúrgicas podem ser utilizadas pela população em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos, disse Marta Temido.

"De acordo com o princípio básico da precaução em saúde pública e fase às ausências de efeitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas", afirmou Marta Temido, dando como exemplo os supermercados, farmácias, lojas ou estabelecimentos comerciais e transportes públicos.

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Marta Temido reforçou, no entanto, que o uso de máscaras é uma "medida adicional, suplementar, complentar" às medidas que já foram impostas, como o distanciamento social e lavagem das mãos. "A questão das máscaras está completamente alinhada com recomendações do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças", que no dia 08 de abril apresentou um conjunto de argumentos sobre o uso deste equipamento.

Segundo a governante, a norma sobre a utilização de máscaras não cirúrgicas, também conhecidas por "mascaras sociais ou comunitárias", vai ser esta segunda-feira publicada pela DGS e cumpre as regras europeias. A ministra ressalvou que as máscaras sociais, que podem ser feitas de algodão ou de outro tecido têxtil, vão ser generalizadas à população quando o país regressar à normalidade.

"Num contexto, que não é aquele que nos situamos hoje, porque estamos no estado de emergência, que apela ao confinamento e à restrição das atividades essenciais, mas em que as pessoas se possam situar em espaços fechados, poderá ser considerada a utilização da dita máscara social", disse.

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Na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia da covid-19, Marta Temido explicou que existem três tipos de máscaras: os respiradores FFP para profissionais de saúde (modelos 2 e 3), máscaras cirúrgicas que previnem disseminação de agentes infecciosos e as máscaras não cirúrgicas ou sociais.

Segundo a ministra, as máscaras cirúrgicas devem ser usadas por pessoas com sintomas de Covid-19 e pelos mais vulneráveis, bem como profissionais de grupos mais expostos como bombeiros, polícias e trabalhadores de agências funerárias e lojas.

Marta Temido precisou que as máscaras não cirúrgicas não são dispositivos certificados, não obedecem a uma normalização e podem ser feitas de diferentes materiais, como algodão ou têxtil.

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A ministra disse ainda que, durante a tarde desta segunda-feira, vão ficar concluídas as normas técnicas para a utilização das máscaras sociais.

Comentando a evolução da pandemia, a ministra da Saúde explicou que "temos que ter a preocupação de dar passos pequenos, mas seguros. Temos resultados encorajadores, não obstante as dificuldades por que passámos. Não queremos perder os resultados adquiridos", afirmou.

Sobre a realização de testes que tem vindo a ser feita, Marta Temido explicou que, enquanto Governo, tem existido "a preocupação de realizar testes em populações idosas, nomeadamente em lares". "Sabemos que os testes não salvam vidas, mas podem ser apoio aos lares", reforçou a ministra da Saúde tendo em conta a importância de análises aos mais idosos.

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Falando relativamente a casos positivos que existam em estabelecimentos prisionais e lares, Marta Temido que é necessário que estas estruturas separarem os doentes, tendo em conta as medidas de higiene, as medidas respiratórias e as equipas de cuidadores.

Respondendo às questões dos jornalistas, Marta Temido admitiu saber, tal como o Governo, "que a doença vai permanecer até ao aparecimento de uma vacina" e acrescentou que "o reforço dos cuidados intensivos é, por isso, importante".

Questionada sobre quando chegarão a Portugal os kit's de extração de Covid-19, Marta Temido indicou que os mesmos "deverão ser entregues esta semana".

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A ministra da Saúde falou ainda sobre a resposta que é necessária começar a dar a outro tipo de doentes. "Nós precisamos de voltar a responder de uma forma programada aos doentes não Covid-19 e essa resposta tem de voltar a acontecer nos próximos dias", referiu.

Graça Freitas também respondeu a algumas questões e, momentos antes de terminar a conferência, avançou que os "dados que recolhemos indicam que ainda não foi atingido o máximo do nosso potencial". Para a Diretora-Geral da Saúde é importante voltar à normalidade. "Vamos tentar voltar à normalidade, mas monitorizando o que é voltar à normalidade conforme a evolução da pandemia", explicou.

Em atualização

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