Alunos, pais e autarcas contra encerramento de escola em Souselas

Centenas de pessoas manifestaram-se junto da Câmara de Coimbra.

17 de maio de 2017 às 20:40
Souselas, Trouxemil, Adémia, Coimbra, Instituto Educativo de Souselas, INEDS, Torre de Vilela, Câmara de Coimbra, Manuel Machado, política, educação Foto: Ricardo Almeida
Souselas, Trouxemil, Adémia, Coimbra, Instituto Educativo de Souselas, INEDS, Torre de Vilela, Câmara de Coimbra, Manuel Machado, política, educação Foto: Ricardo Almeida
Souselas, Trouxemil, Adémia, Coimbra, Instituto Educativo de Souselas, INEDS, Torre de Vilela, Câmara de Coimbra, Manuel Machado, política, educação Foto: Ricardo Almeida
Souselas, Trouxemil, Adémia, Coimbra, Instituto Educativo de Souselas, INEDS, Torre de Vilela, Câmara de Coimbra, Manuel Machado, política, educação Foto: Ricardo Almeida
Souselas, Trouxemil, Adémia, Coimbra, Instituto Educativo de Souselas, INEDS, Torre de Vilela, Câmara de Coimbra, Manuel Machado, política, educação Foto: Ricardo Almeida

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Autarcas, pais e alunos do Instituto Educativo de Souselas (INEDS), em Coimbra, manifestaram-se esta quarta-feira junto à câmara da cidade para expressarem a sua "indignação" pelo "anunciado encerramento" do estabelecimento, devido à perda do contrato de associação.

Promovida pela associação de pais e encarregados de educação da escola, com o apoio dos presidentes das jutas das freguesias de Souselas e Botão, de Trouxemil e Torre de Vilela e de Brasfemes, no concelho de Coimbra, a concentração reuniu, junto à Câmara de Coimbra, hoje à tarde, cerca de duas centenas de pessoas, a maior parte das quais alunos do instituto.

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"A luta pela continuidade do INEDS em regime de contrato de associação não é uma causa somente de professores, de alunos, de pais, de encarregados de educação, é uma luta de todos e das freguesias da zona norte [do município] de Coimbra em particular", defenderam os promotores da iniciativa.

Sem contrato de associação, a escola "deixa de ter capacidade [económica] para funcionar", disse o presidente da Junta da União de Freguesias de Souselas e Botãoaos, Rui Soares, durante a manifestação.

Com o fecho do INEDS - atualmente frequentado por cerca de 560 alunos do 5.º ao 12.º anos de escolaridade, sobretudo daquela área do concelho de Coimbra, mas também de algumas localidades de Penacova --, os estudantes terão de se deslocar para Adémia ou para a Escola D. Dinis, em Eiras (Coimbra), qualquer delas a cerca de meia dúzia de quilómetros de distância e sem ligação por transportes públicos a Souselas, sublinha Rui Soares.

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O autarca advertiu que, "pior ainda", é que "muitos [alunos] deixarão de estudar", sustentando que o encerramento do Instituto de Souselas aumentará o abandono escolar.

"Esta é uma luta de quem não quer que a escola feche, mas também de quem não quer regredir no tempo" e quer "o desenvolvimento das freguesias da zona norte de Coimbra. É uma luta contra a transformação destas freguesias em meros dormitórios da nossa cidade de Coimbra, que infelizmente, nem sempre olha com a devida atenção e carinho para as localidades situadas na periferia", afirmaram os promotores da manifestação.

Com a concentração junto à Câmara de Coimbra, os manifestantes também pretendem que a autarquia "assuma se está ou não está contra o encerramento do instituto", explicou Rui Soares, que apelou ao presidente do município, Manuel Machado, para "mostrar em concreto o que fez, se realmente fez" em defesa da manutenção desta escola.

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"O presidente da Câmara de Coimbra, que também é presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, tem uma facilidade enorme em falar com o Governo" para tratar deste assunto, afirmou o presidente da freguesia de Souselas e Botão.

"Esta manifestação é um ato de desespero, não é arruaça", conclui Rui Soares.

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