Ginástica ajuda a combater efeitos do envelhecimento
Câmara de Manteigas faz frente ao isolamento dos mais velhos.
Não há idade para pôr em prática a máxima ‘mente sã em corpo são’. Mas à medida que os anos passam, os mais velhos começam a ficar mais tempo em casa, sem praticar exercício físico e com tendência ao isolamento, aumentando assim o risco de doenças reumáticas e outras, como a ansiedade e a depressão.
Por serem sintomas particularmente frequentes em regiões de montanha, onde o inverno é mais rigoroso e prolongado, a autarquia de Manteigas decidiu destacar uma técnica de desporto para dar aulas de ginástica geriátrica, para os residentes com mais de 65 anos, ou até mais novos – se viverem sozinhos e tiverem tempo livre.
António Fraga, médico no Centro de Saúde de Manteigas, é um entusiasta e recomenda: "Comparo as uniões dos ossos às dobradiças das portas. Se lhes falta óleo e não têm movimento, empenam e rangem muito." São muitos os casos em que o exercício "ajudou a combater a osteoartrose, a perder peso, a deixar os ansiolíticos e a recuperar os movimentos de braços e pernas", frisa.
"Inspira, expira e não pára!", ordena a técnica Helena Veloso, enquanto os idosos andam à roda. As instruções são prontamente aceites, numa ampla sala de aula, na escola de Vale de Amoreira. Helena Veloso esforça-se para que as aulas nunca sejam iguais e os objetos fáceis de usar. "Trago colchões, cordas, bolas, arcos, bastões coloridos e argolas de borracha flexível." A técnica quer que os alunos "trabalhem os movimentos localizados nas pernas e nos braços, coordenem os movimentos, elevem os ombros, batam palmas, façam jogos de sequência com as cores e ganhem ritmo a andar".
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