Autarquias terão financiamento para limpar espécie invasora na ria de Aveiro

Com o recente temporal, toneladas de jacintos-de-água acumularam-se ao sul da ria de Aveiro, no denominado Canal de Mira, dificultando as embarcações.

19 de novembro de 2025 às 17:11
Ria de Aveiro Foto: DR
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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou esta quarta-feira estar prevista a abertura de linhas de financiamento às autarquias para apoiar a remoção dos jacintos-de-água na ria de Aveiro.

Segundo fonte daquela entidade, "está em elaboração, entre outras ações, uma estratégia nacional que visa a mitigação, combate e controlo" daquela infestante.

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"Está ainda previsto a abertura de linhas de financiamento, por forma que as entidades com responsabilidade no território, entre as quais as câmaras municipais e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, possam aceder a apoios para ações de remoção desta espécie invasora", refere a APA em nota enviada à Lusa.

A nota confirma que, pela avaliação no terreno, constata-se aumento das áreas ocupadas pela 'Eichhornia crassipes'" e adianta que, "a invasão" por jacinto-de-água nas massas de água na região tem sido "um problema recorrente nos últimos anos".

Segundo a APA, "tem variado muito a extensão da área ocupada, com as condições climáticas, concentração de nutrientes na água, aumento da temperatura da água, caudais e velocidade de escoamento, tendo interferência pontual e localizado no bom estado químico e ecológico da massa de água".

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O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Jorge Almeida, atribui a responsabilidade principal para intervir na invasão de jacintos-de-água na ria de Aveiro à Agência Portuguesa do Ambiente, revelando que o assunto deverá ser discutido na segunda-feira, em reunião do conselho intermunicipal.

Com o recente temporal, toneladas de jacintos-de-água acumularam-se ao sul da ria de Aveiro, no denominado Canal de Mira, dificultando as embarcações, prejudicando a pesca e a produção de bivalves.

O presidente do Clube de Vela da Costa Nova, Paulo Ramalheira, foi uma das vozes a reclamar a intervenção urgente das entidades competentes, sugerindo que, na falta da gestão integrada da ria, sejam os municípios ribeirinhos, através da Comunidade Intermunicipal, a assumir a solução do problema.

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