Bacalhau é rei do Natal, mas tem rivais de peso
A tradição do bacalhau remonta à Idade Média.
O consumo do bacalhau na noite da consoada vem da Idade Média, embora não seja possível atribuir-lhe uma data exata. Sabe-se que a escolha do ‘fiel amigo’ como prato principal está ligada ao facto de os cristãos estarem proibidos de consumir carne perto das principais festividades religiosas, levando-os a optar pelo peixe e, mais tarde, pelo bacalhau seco, que “era de fácil acesso em qualquer parte do País, tornando-se o rei do Natal”, como se pode ler em texto publicado no site do Centro Interpretativo da História do Bacalhau.
Hoje conta com rivais de peso, o polvo e o peru, mas continua a mandar na maioria das mesas portuguesas. Há, contudo, outras tradições gastronómicas ligadas à maior festa do Mundo, o grande encontro das famílias, que vale a pena saborear.
Na região das Beiras, o cabrito assado ou o anho com arroz de forno ocupam relevância na mesa da consoada, terminando o repasto com uma tigelada ou filhoses. São famosas as de Sortelha.
No Alentejo, a carne de porco à alentejana é um dos pratos do Natal, assim como a sopa de cação ou a açorda de bacalhau, com as azevias a adoçar a noite.
Em Trás-os-Montes não há mesa sem bacalhau cozido com batatas e couve, mas há algumas delícias que vale a pena saborear.
É o caso dos sonhos de Alvites, freguesia do concelho de Mirandela. Já no Minho, a azáfama começa bem cedo, com a preparação das rabanadas (ou tostas, como se diz por ali), que podem ser de água ou de vinho.
Os formigos, que muita gente conhece por mexidos, é outra das relíquias que não podem faltar nesta noite de Natal.
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