Bispo de Leiria-Fátima presta homenagem e lembra ligação ao santuário de Fátima

"Estamos de luto pela morte deste nosso irmão e pastor, mas, ao mesmo tempo damos graças a Deus pelo dom que ele foi para todos nós", disse.

31 de dezembro de 2022 às 20:49
José Ornelas Carvalho
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O bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas Carvalho, homenageou Bento XVI, que morreu este sábado , como o "discípulo e apóstolo" que deixa sementes de fé que moveram a Igreja e continuarão a desafiá-la.

"Estamos de luto pela morte deste nosso irmão e pastor, mas, ao mesmo tempo damos graças a Deus pelo dom que ele foi para todos nós e para toda a Igreja, durante o seu serviço como teólogo eminente e iluminador", escreve numa mensagem divulgada na página da Internet da diocese.

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José Ornelas Carvalho manifesta-se grato "pelo carinho especial que Bento XVI dedicou ao Santuário de Fátima e a especial atenção que deu à mensagem que Maria ali deixou, quer antes da sua eleição como Papa, quer durante o seu pontificado".

O bispo de Leiria-Fátima lembra que conheceu Bento XVI, antes de mais, pelos escritos que marcaram a sua juventude na Igreja e que pode conhecê-lo pessoalmente, mais tarde, enquanto Papa.

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José Ornelas Carvalho recorda também o "professor admirável e o mestre credível da fé" na primeira fase e depois "a atitude cordial e amável com que acolhia e dialogava com aqueles que se lhe dirigiam" e o "pastor sensível e cuidadoso no serviço de sucessor de Pedro, à frente de toda a Igreja".

"Essa coerência do serviço revelou-se precisamente na decisão que tomou de renunciar à sua função [...] para que a Igreja pudesse ser bem servida por outra pessoa com maior energia", salienta o bispo português.

Joseph Ratzinger foi Papa entre 2005 e 2013, quando abdicou e passou a ser emérito da diocese de Roma, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.

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Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.

Bento XVI classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.

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