Cada português produziu 519 quilos de lixo em 2024

O Algarve é a região com maior produção de lixo por residente (2,39 kg/hab.dia), o que se pode explicar pela "população flutuante presente na região", a qual não é considerada para efeitos de cálculo. O Planalto Beirão é a região com menor produção de lixo por habitante: 1,17 quilos/dia.

No que respeita à recolha, a indiferenciada continua a ser a mais comum (75% do lixo recolhido), seguindo-se a recolha seletiva (23% do total de RU produzidos).

Em 2024, frisa a APA, os aterros deixaram de ser o destino mais escolhido para o encaminhamento de resíduos urbanos para as operações de gestão. O tratamento mecânico e biológico foi o destino preferencial (32%), seguindo-se o aterro (27%) e a valorização energética (19%). O destino final dos resíduos continua a ser maioritariamente para aterros (54%), seguindo-se a valorização energética (17%) e a reciclagem (14%).

Portugal continua ainda longe das metas preconizadas nas diretivas comunitárias, que estipulam que em 2025 e 2030 a produção de resíduos urbanos por habitante deveria cifrar-se nos 511 quilos/ano, e que a deposição em aterro devia ser de apenas 10% em 2035. Também as metas relativas à percentagem de RU reciclados estão por cumprir. No relatório, a APA considera essencial "um esforço na educação e envolvimento da população, para que esta participe ativamente tanto na separação de resíduos, como na adoção de escolhas inteligentes relativamente à prevenção de resíduos".