Cães utilizados como resposta em tribunal
Projeto já ajudou seis crianças durante os processos, através da interação com o animal.
Numa experiência pioneira em Portugal, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Mafra, em colaboração com o Tribunal de Família e Menores do mesmo concelho, recorrem à terapia ocupacional com cães na defesa dos interesses dos menores, por exemplo, em processo de divórcio em que há a regulação do poder paternal.
O trabalho é realizado por uma equipa multidisciplinar, que nos últimos cinco meses apoiou seis crianças que registavam um bloqueio impossível de resolver com a terapia familiar.
"Ao ter conhecimento da terapia ocupacional com crianças com necessidades especiais, pensei que poderia servir de ferramenta para o desbloqueio de crianças por nós acompanhadas", disse a presidente da CPCJ de Mafra, Maria Manuel Oliveira.
"No funcionamento da Justiça, nomeadamente no tempo, verificamos a existência de ganhos", referiu o juiz Joaquim Silva.
"A criança ganha confiança e mostra-nos onde podemos ajudar", concluiu a psicóloga Lucinda Abrantes.
"No treino, é essencial a avaliação do caráter e temperamento do animal", explicou Pedro Paiva, especialista em comportamento animal e que integra o programa ‘SOS Donos em Apuros’, da CMTV, acrescentando que "os bons resultados surgem do cão ter o dom de não julgar e de não exigir respostas imediatas à criança".
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