Canábis aceite como tratamento
A maioria dos pedidos de ajuda estão relacionados com haxixe.
O presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), João Goulão, admitiu ontem o uso da canábis como medicamento na área da Saúde.
"Não tenho qualquer resistência, havendo produção científica que mostre sem reservas os benefícios, o que parece ser o caso", defendeu, na apresentação do Relatório Europeu Sobre Drogas, em Lisboa. O responsável refere ainda que o processo precisa do aval da agência do medicamento (Infarmed). Sobre as salas de chuto, João Goulão considerou que face à queda dos consumos não é prioridade.
O relatório revela que em 2013 foram efetuados 1634 pedidos de tratamento em Portugal. A maioria (806) relacionada com o consumo de canábis, em resina (haxixe) ou herbácea (marijuana). Estes pedidos, refere João Goulão, também presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência, "suplantaram os pedidos pelo uso de heroína e cocaína".
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