Casos de variante indiana da Covid-19 mais do que quadruplicam numa semana em Portugal

Lisboa e Alentejo podem chegar ao 'vermelho' em 15 dias, avisa DGS.

28 de maio de 2021 às 19:47
Covid-19, desconfinamento Foto: Lusa
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O relatório de monitorização das 'linhas vermelhas' para a Covid-19 em Portugal, emitido esta sexta-feira, apresenta a evolução da pandemia no Páis. Um dos dados em destaque no documento é o crescimento exponencial do número de casos de infeção com a variante indiana: na semana passada eram 10 e, atualmente são 40. Isto significa que o número mais do que quadruplicou numa semana.

Segundo a DGS e o INSA, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19 por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 60 casos, com tendência ligeiramente crescente a nível nacional. O valor do índice de transmissibilidade, o Rt, apresenta valores acima de 1 a nível nacional (1,07) e nas regiões de saúde do Centro (1,05), de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) (1,14) e do Alentejo (1,16), em tendência crescente, mais acentuada nesta última região.

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Avisa a DGS que, a manter-se a taxa de crescimento agora verificada, a incidência acumulada a 14 dias de 120 casos/100 000 habitantes será de 31 a 60 dias para o nível nacional e de 15 a 30 dias para as regiões de LVT e Alentejo. Significa que, com este crescimento de casos Lisboa e Alentejo podem chegar ao 'vermelho' em 15 dias.

O número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) com Covid-19 no continente apresneta uma tendência ligeiramente decrescente, correspondendo a 22% do valor crítico definido de 245 camas ocupadas.

A nível nacional, a proporção de testes positivos para a Covid-19 foi de 1,3%, valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%. Observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias, adianta a DGS.

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Diz a DGS que a proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 6,2%, mantendo-se abaixo do limiar de 10% (a linha vermelha)

Segundo o relatório a variante inglesa da Covid-19 continua a ter maior prevalência: 87,2% dos casos. Contam-se também 97 casos da variante da África do Sul e 133 casos da variante brasileira.

Sobre a variante indiana, admite a DGS que os n+umeros indicam a possibilidade de já haver transmissão comunitária desta variante da Covid-19.

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(Em atualização)

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