Casos pouco graves entopem urgências
40% dos utentes foram triados com pulseiras verdes, azuis e brancas no primeiro trimestre.
Entre janeiro e o final de março deste ano, o serviço de Urgência dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) atendeu 1,6 milhões de pessoas.
Deste total, quase 600 mil, o equivalente a 40 por cento, foram triadas com pulseiras verdes, azuis e brancas - atendimentos considerados pouco urgentes, não urgentes, ou que até poderiam ter sido agendados, segundo a escala de triagem de Manchester.
Os dados, disponíveis no portal da Transparência do SNS , estão em linha com os do ano passado: num total de 6 milhões de atendimentos nas Urgências hospitalares, 2,2 milhões foram considerados pouco ou nada urgentes.
No primeiro trimestre do ano, mais de 530 mil atendimentos receberam pulseira verde e quase 20 mil receberam pulseira azul, enquanto que mais de 41 mil obtiveram pulseira branca - doentes recebidos por razões administrativas ou casos clínicos referenciados por um médico, mas sem situação aguda.
Foram ainda registados 160 mil casos muito urgentes, com pulseira laranja, e mais de 5600 considerados emergentes - pulseira vermelha. As amarelas foram, no entanto, as mais comuns: 670 mil casos.
PORMENORES
Tempos de espera
A triagem de Manchester define tempos para a observação médica consoante cores. O vermelho significa que a observação tem de ser imediata, enquanto que no laranja o tempo de espera é 10 minutos. As pulseiras amarelas podem aguardar uma hora, enquanto que as verdes e azuis podem esperar duas a quatro horas, respetivamente.
Especialidade em Urgência
Portugal é um dos quatro países europeus que ainda não tem a especialidade de Urgência e Emergência. A medida vai ser estudada, em breve, pela Ordem dos Médicos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt