Chefes das urgências do Garcia de Orta demitem-se
Médicos apresentam "demissão coletiva".
Os sete chefes das urgências do hospital Garcia de Orta, em Almada apresentaram esta segunda-feira a demissão. O s médicos enviaram uma carta ao conselho de administração do hospital.
Os médicos dizem que o "agravamento das condições de trabalho" é uma das causas da demissão e o "risco nas urgências e segurança dos doentes atingiu um ponto inaceitável". Nas últimas semanas morreram duas pessoas no serviço de urgência do Hospital Garcia de Orta. Os médicos garantem que já tinham alertado a administração, em dezembro, para as condições do serviço.
Segundo a administração do hospital, já estão a ser tomadas medidas para "fazer face ao aumento nos internamentos" e "outras medidas concretas serão anunciadas amanhã [terça-feira]". Sobre se a demissão dos médicos vai afetar o funcionamento dos serviços de urgência, a fonte explicou que a administração hospitalar compreende as necessidades dos médicos e que "serão tomadas medidas para resolver a situação".
A fonte admitiu a possibilidade de os médicos poderem vir a recuar no pedido de demissão, tendo em conta as medidas que vão ser tomadas. "Não haveria (recuo no pedido de demissão) se as condições difíceis não fossem reversíveis, mas as condições são reversíveis", salientou, lembrando que a situação do aumento do número dos doentes é generalizada em todos os hospitais.
"Estas dificuldades neste hospital não são exceção. Há medidas que vão ser tomadas para resolver a situação", concluiu a fonte da administração do Garcia de Orta contacta pela Lusa.
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