Compasso entra em 1,5 milhões de casas na Páscoa
Amanhã saem das igrejas 10 mil cruzes, seguidas do Compasso Pascal, que levam a mensagem da ressurreição de Cristo.
Estima-se que amanhã, Domingo de Páscoa (em algumas terras na segunda e noutras no domingo de Pascoela), saiam das igrejas de todo o País cerca de dez mil cruzes, seguidas do Compasso Pascal, levando a mensagem da ressurreição de Cristo a cerca de um milhão e meio de casas.
Os bispos, por orientação da Conferência Episcopal, têm apelado aos párocos para que se empenhem na realização do compasso, de forma a que a Cruz entre no maior número possível de habitações, fazendo, assim, com que a tradição ganhe "novo ânimo".
Só que, ao contrário do que acontecia há quatro ou cinco décadas, já serão menos de dois mil os compassos que contarão com a participação de um padre. A esmagadora maioria será presidida por um leigo ou, na melhor das hipóteses, por um seminarista.
Como os padres têm em média três freguesias e como em cada freguesia, excetuando as mais pequenas, andam sempre duas ou mais cruzes, por norma o padre só visita a casa dos paroquianos na Páscoa de seis em seis anos.
Cada cruz, nas aldeias, visita 100 a 150 casas. Nas cidades, onde se percorre menos caminho, mas se sobem mais escadas, ou elevadores, chegam a entrar em 200 a 300 apartamentos.
As ruas e as entradas das casas apresentam-se, sobretudo nas zonas rurais, enfeitadas com verdura e cobertas com tapetes de flores e plantas aromáticas. Sobre a mesa da sala é colocado um crucifixo, ladeado por castiçais e jarras com flores, juntamente com as ofertas e os bolos, frutos, queijos e pão de ló.
"Aleluia, aleluia, Cristo ressuscitou, aleluia", diz o sacerdote (ou quem o represente), enquanto asperge água benta e o mordomo dá a cruz a beijar. Depois, há lanche e um copo para matar a sede. É assim em muitas aldeias.
Nas cidades, beija-se a cruz e deseja-se boa Páscoa, mas sem comes e bebes.
Muitos turistas foram até às praias algarvias apesar do tempo chuvoso
O tempo esteve chuvoso, ao longo de todo o dia de ontem, no Algarve. Mas isso não impediu que muitos turistas no sul do País, a aproveitarem as férias da Páscoa, fossem até aos areais da região.
Alguns fizeram mesmo um verdadeiro dia de praia, em calções de banho e com mergulhos no mar - em especial durante a manhã, período em que houve menos nuvens.
Na Páscoa, muitos portugueses mas também espanhóis procuram o Algarve. Este ano, mais uma vez, a Polícia Nacional espanhola enviou elementos à região para auxiliarem a PSP no policiamento.
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