Sumo Pontífice pediu aos sacerdotes contacto direto com o povo.
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O Papa Francisco pediu esta quinta-feira aos sacerdotes, durante a missa Crismal, no Vaticano, que tenham uma atitude de proximidade e de contacto direto com o povo.
"Este seguimento do povo não é calculista, é um seguimento sem condições, cheio de carinho. Contrasta com a mesquinhez dos discípulos, cujo comportamento face ao povo se revela quase cruel quando sugerem ao Senhor que o mande embora para irem procurar algo de comer", declarou o Papa, na homilia da celebração que marcou o início da Quinta-Feira Santa.
Da parte da tarde, Francisco procedeu ao tradicional lava-pés, na prisão de Velletri, em Roma.
O Papa lavou, simbolicamente, os pés de 12 reclusos (nove italianos, um brasileiro, um marroquino e um costa-marfinense), cumprimentado-os um a um, em seguida; vários dos presos não contiveram a emoção.
A breve homilia, improvisada, explicou o gesto que o Papa realizou e que se repete nas igrejas católicas de todo o Mundo, na celebração que marca o início do Tríduo Pascal. Jesus tinha "todo o poder", mas realizou ele próprio o gesto do lava-pés, que era entregue "aos escravos", aos seus discípulos, para mostrar que todos são "irmãos no serviço", não na "ambição de quem domina o outro", explicou Francisco.
Em Lisboa, o início da Quinta-Feira Santa foi também marcado pela celebração da missa Crismal pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. O patriarca aludiu às "vítimas de inadmissíveis violências, menores ou frágeis, mulheres ou idosos" e falou de vários problemas sociais, como a falta da emprego e habitação, o drama dos migrantes, os reclusos e ex-reclusos por integrar, as pessoas sós e doentes ou as vítimas de tráficos.
No final da missa, D. Manuel Clemente evocou as vítimas do acidente na ilha da Madeira, que provocou 29 mortos.
Hoje é Sexta-Feira Santa, data que relembra a crucificação de Cristo e a sua morte no Calvário. É, também, o dia de jejum, em que os católicos não comem carne.
Patriarca apela à humildade
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, apelou ontem às centenas de fiéis que participaram na Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Sé de Lisboa, que sigam o exemplo de Deus, sendo humildes na sua vida.
"Deus insistiu com Pedro para que este deixasse lavar-lhe os pés. Esta seria a condição necessária para participar na vida que lhe oferecia. Pedro e os outros acabaram por perceber", começou por dizer o patriarca, durante a homilia, sublinhando que a lavagem de pés, por parte de Cristo, se tratou de um gesto "humilde, ou até serviçal, sem reserva alguma".
D. Manuel Clemente reconheceu ainda que não é "nada fácil" seguir as pisadas do Senhor, sobretudo porque a população tende a ter uma ideia "espontânea" de Deus que, muitas vezes, não corresponde à realidade.
"O que o Evangelho tem de próprio e autêntico é convencer-nos precisamente de que temos muita dificuldade em aceitar-nos", criticou o cardeal-patriarca. D. Manuel Clemente referiu ainda que as "intenções" não são suficientes, apelando às famílias para viverem da caridade de Cristo.
GNR começa hoje Operação Páscoa nas estradas
A Guarda Nacional Republicana (GNR) inicia hoje a Operação Páscoa nas estradas sob a sua jurisdição. A ação, que só termina na segunda-feira, tem como objetivo a prevenção da sinistralidade.
"Com o aumento significativo do fluxo do tráfego, a GNR irá intensificar o patrulhamento e fiscalização nos principais eixos rodoviários", explica a autoridade.
Quilómetros de fila na fronteira do rio Guadiana
Uma fila com vários quilómetros formou-se, ontem, ao longo do dia, na fronteira do rio Guadiana, com Espanha, em Castro Marim, no Algarve, com viaturas que pretendiam entrar em Portugal.
Os condutores de veículos estrangeiros são obrigados a parar no parque de portagens para adquirirem títulos para circular na A22.
PORMENORES
Contra campanhas
D. Manuel Linda, bispo do Porto, garantiu ontem que os padres "não são todos uns malfeitores", criticando "campanhas" que visam denegrir a figura dos sacerdotes. O bispo pediu aos padres que vivam o Espírito de Deus de uma "forma mais simpática e atraente".
Aproximar jovens à Igreja
O cardeal de Leiria-Fátima, D. António Marto, lamentou a falta de "iniciativas de aproximação" dos jovens à Igreja. O bispo considerou que os resultados são "magros" no que toca à pastoral juvenil.
Menos sacerdotes
D. Manuel Felício, bispo da Guarda, manifestou preocupação com a queda no número de sacerdotes na diocese.
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