Confeitaria em Matosinhos fecha sem aviso prévio e deixa 15 trabalhadores sem emprego

Sindicato de Hotelaria do Norte já apresentou uma queixa-crime.

20 de dezembro de 2025 às 14:53
Confeitaria Ferreira fechou sem aviso prévio e trabalhadores concentram-se este sábado Foto: Sindicato de Hotelaria do Norte/Facebook
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A Confeitaria Ferreira, em Matosinhos, fechou a 9 de dezembro sem aviso prévio e deixou 15 pessoas sem emprego e com subsídio de Natal por pagar, tendo o Sindicato de Hotelaria do Norte já apresentado uma queixa-crime.

Esses trabalhadores, que foram apanhados de surpresa com o fecho da confeitaria, concentraram-se este sábado à porta daquela para lamentar a situação, nomeadamente a perda do emprego.

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Maria da Glória Silva, de 54 anos, trabalhava naquele espaço há 33 anos, mas estava atualmente de baixa médica tendo sabido do fecho por um colega.

Em sua opinião, o encerramento está relacionado com má gestão que, há cerca de sete anos, havia mudado.

"Uma pessoa dizia-lhe as coisas [aos patrões] e eles não aceitavam a nossa opinião, o nosso ponto de vista", ressalvou.

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Também Manuela Teotónio, que estava na confeitaria há 33 anos, acusou a nova gerência de serem desorganizados e desinteressados.

"Havia dias em que nem tínhamos material para trabalhar", contou.

Manuela Teotónio, de 56 anos, referiu que os anteriores proprietários eram mais comunicativos, organizados e interessados com o negócio.

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Face a esta situação, o Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte apresentou uma queixa-crime, afirmou uma das dirigentes, Carina Castro.

"Trata-se de um despedimento ilegal porque não foram cumpridos os formalismos legais, desde logo, a comunicação aos trabalhadores", afirmou.

Segundo Carina Castro, os proprietários da confeitaria "simplesmente fecharam a porta e abandonaram os trabalhadores".

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Além do subsídio de Natal que não foi pago, a empresa também não pagou os créditos, nomeadamente as horas extras, a alguns trabalhadores, referiu.

A dirigente sindical disse que a empresa pediu a insolvência por dívidas e falta de sustentabilidade económica e que, agora, é preciso aguardar que seja declarada para que os trabalhadores tenham direito ao subsídio de desemprego.

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