Governo poupa Natal mas trava início de 2021 com restrições em todo o País

Conselho de Ministros esteve reunido esta quinta-feira, no dia em que foi aprovada a renovação do Estado de Emergência até 7 de janeiro.

17 de dezembro de 2020 às 20:19
António Costa Foto: Tiago Petinga / Lusa
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O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta quinta-feira que "não estamos no ponto onde desejávamos estar" e, por isso, foram agravadas algumas das medidas para a Passagem de Ano. 

O Governo agravou as restrições impostas na Passagem de Ano, dia 31 de dezembro, com o corte "total dos festejos" e a imposição do recolher obrigatório no dia 31 de dezembro, às 23h00. No dia 1, 2 e 3 de janeiro a liberdade de circulação é restrita a partir das 13h00. As medidas serão aplicadas a todo o País e concelhos, devido à previsão do aumento da circulação de pessoas durante os próximos dias de festas.

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"Isso é muito importante para que este ano letivo seja também um ano de recuperação das perdas do percurso de aprendizagem que tivemos de sofrer no ano passado", resumiu.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Conselho de Ministros, "foi decidido rever os horários de funcionamento dos restaurantes, em todo o território continental, estabelecendo-se que, no dia 31 de dezembro, o funcionamento é permitido até às 22h30; e nos dias 1, 2 e 3 de janeiro até às 13h00, exceto para entregas ao domicílio".

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António Costa, que falou ao País após reunião do Conselho de Ministros, recordou que, apesar de ser uma altura de reunião, o Natal deverá ser vivido com contenção.

"Festejos de Natal têm que correr com máximo cuidado. Evitar estar à mesa o tempo estritamente necessário, estar o máximo de tempo possível com máscara", recordou o primeiro-ministro, sublinhando que grande parte do risco de contaminação ocorre à mesa. O chefe do Governo mostrou confiança nas famílias portuguesas para não limitar número de pessoas no Natal.

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De acordo com o primeiro-ministro, que cita especialistas da saúde, Portugal prevê começar a diminuir o número de óbitos depois de ter começado a diminuir o número de infetados. "Portugueses têm demonstrado um enorme bom senso e vontade de combater a pandemia", frisou Costa.

O conjunto das regras que têm sido definidas "têm vindo a ser feitas numa base de compromisso com os portugueses". Costa reafirma que será necessário fazer um esforço logo a seguir ao Natal devido à possibilidade do aumento do número de novos casos.

O primeiro-ministro admitiu que o "travão de mão teve que ser puxado para a passagem de ano", mas no Natal a liberdade de circulação vai manter-se nos dias 23, 24 e 25 de dezembro.

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O calendário escolar, no entanto, não sofrerá alterações.

"Nada justifica alterar o calendário escolar. Pelo contrário, este primeiro período correu excecionalmente bem, creio que todos partilhávamos o mesmo receio em setembro de como ia correr o primeiro período e a verdade é que correu muitíssimo bem", afirmou o líder do governo.

No entanto, António Costa não deixou de reconhecer que "houve escolas onde houve focos" e "professores, alunos e auxiliares que estiveram infetados", mas reiterou que "tudo foi gerido com a maior tranquilidade e sem pôr em causa o decurso normal do ano letivo", lembrando o impacto da primeira fase da pandemia a nível escolar.

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A renovação do Estado de Emergência até dia 7 de janeiro foi aprovada esta quinta-feira à tarde no Parlamento.

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