Dádiva de sangue cai 12 por cento
Fim de benefícios dos dadores e falta de técnicos leva à quebra nas dádivas.
As dádivas de sangue estão a cair: no último ano a redução foi de 50 mil doações, o que corresponde a quebras de 12 por cento. O fim de alguns benefícios dos dadores (como a isenção de taxas moderadoras), o envelhecimento da população e a atual conjuntura económica são alguns dos fatores que têm contribuído para estes números.
Segundo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), os hospitais não sentem ainda "problemas de reserva de sangue". Francisco Ferro, diretor do Serviço de Imuno-hemoterapia do Hospital de Évora, diz que no hospital foram registadas, em 2013, menos 700 doações. "Em 2012 tivemos cerca de 7 mil dádivas. O ano passado pouco mais de seis mil".
O problema está também relacionado com a falta de técnicos. Em Aveiro, já foram canceladas duas colheitas: a do passado dia 11 e a de hoje. "Foi suprimida pelo Centro Regional do Sangue de Coimbra por falta de recursos humanos", explicou ao CM Joaquim Carlos, presidente da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro.
Contactado pelo CM, o IPST diz aguardar o concurso interno para integrar 30 funcionários.
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