Doentes com hepatite C reclamam acesso a medicamentos
Cadete explicou que o tratamento apenas é indicado para doentes sem patologias associadas.
O presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), João Cadete, reivindicou esta quinta-feira o acesso dos insuficientes renais crónicos com hepatite C aos medicamentos inovadores específico para o tratamento do vírus nestes doentes.
O pedido da associação surge um dia depois de o Infarmed ter anunciado que 107 doentes com hepatite C ficaram totalmente curados através do programa de tratamento lançado em fevereiro e do porta-voz da Plataforma Hepatite C, António Parente, ter alertado que o medicamento não está a chegar às prisões.
João Cadete explicou que o tratamento para a hepatite C não pode ser administrado aos insuficientes renais crónicos portadores do vírus, porque apenas é indicado para doentes sem patologias associadas.
No entanto, disse, "há já nova medicação que pode ser aplicada a este grupo de insuficientes renais [cerca de 800], especificamente os que estão em hemodiálise e que há largos anos lutam contra a hepatite C e não têm tido qualquer acesso ao novo medicamento".
"Nós queríamos que o Ministério da Saúde olhasse para este grupo, que embora seja um grupo marginal tem todo o direito de ser tratado como os outros", defendeu João Cadete.
Segundo a autoridade nacional do medicamento, é um procedimento que tem "natureza urgente" e obtém resposta "usualmente no prazo de uma semana".
Neste âmbito, encontra-se a decorrer a análise dofinanciamento dos medicamentos inovadores específicos para o tratamento da Hepatite C em doentes insuficientes renais, acrescenta.
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