Esclerose: Luta contra os sintomas
Um programa de reabilitação pode ajudar os doentes que sofrem de Esclerose Lateral Amiotrófica a viver mais e melhor.
Determinação, espírito positivo e reabilitação. Estes são três dos fatores essenciais na luta contra o impacto devastador que a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) assume na vida dos doentes. Uma combinação que pode garantir uma melhor qualidade de vida. Um caminho que pode assegurar maior longevidade, dentro dos limites de uma patologia que ainda esconde vários mistérios para a ciência.
Não se sabe exatamente a sua origem e não existe ainda uma cura, mas "faz-se muita investigação sobre esta doença", explica ao CM Anabela Pinto, responsável pela consulta de Reabilitação de ELA no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. A falta de estudos que indiquem quantos portugueses realmente sofrem desta doença neurológica degenerativa deixa apenas espaço para estimativas: calcula-se que sejam 500 pessoas.
Muitas vezes, o diagnóstico pode revelar-se difícil. "Sintomas como a dificuldade na articulação verbal fazem, normalmente, o doente procurar um otorrinolaringologista que, ao constatar um resultado negativo na laringoscopia, deve fazer o encaminhamento para um neurologista", explica a médica fisiatra.
"No caso de um doente que apresente falta de força progressiva num membro e que esta progrida para os restantes membros, sem se associarem outros sintomas, é obrigatório que se realize um eletromiograma", acrescenta Anabela Pinto, sublinhando que o foco deve estar na manutenção da "autonomia e qualidade de vida dos doentes".
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