Exame de Português do 9º ano mais difícil

"Com esta prova, prevejo notas inferiores. Em algumas questões, só com muita atenção os alunos conseguirão responder corretamente. A prova não era tão clara como a do ano passado", disse ao CM Edviges Ferreira, presidente da Associação de Professores de Português, numa análise à prova final do 9º ano, realizada ontem por 95 589 alunos.

A APP considera que o grupo de Gramática teve "um maior índice de dificuldade" e destaca ainda a dificuldade das perguntas 1.4 e 2 do grupo I.

Na Escola Delfim Ferreira, Lisboa, onde 226 alunos fizeram a prova, a ausência de questões sobre a epopeia de Camões surpreendeu. "Foi fácil, esperava que saísse ‘Os Lusíadas’", disse Rita Carvalho. Já Rute Salério não usou os 30 minutos de tolerância. "Até acabei antes dos 90 minutos, foi fácil", afirmou. Inês Guerreiro descobriu mal saiu da prova que tinha "uma resposta errada na parte de gramática". Mesmo assim também adjetivou a prova como "fácil".

Na Escola Infante D. Henrique, Viseu, Pedro Carvalho diz que a prova foi "mais fácil" do que o ano passado. Já na Clara de Resende, Porto, Alexandre Brás admitiu "dificuldades na gramática". No ensino secundário, 45 471 alunos fizeram ontem o exame de Física e Química A, decisivo para cursos de ciências. A Sociedade Portuguesa de Física considerou o nível de dificuldade idêntico ao de 2014 e 2015. O exame de Geografia foi feito ontem por 22 889 alunos e o de História de Cultura e das Artes por 5027.