Falhas em lar com 18 mortos levam a inquérito do Ministério Público
Processo decorre no DIAP de Évora, após auditoria.
O Ministério Público instaurou um inquérito sobre o surto de Covid-19, que fez 18 mortos num lar em Reguengos de Monsaraz. O inquérito decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora, depois de uma auditoria da Ordem dos Médicos ter concluído que o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão da Silva não cumpriu as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório, conhecido na quinta-feira, sublinha que não era possível cumprir "o isolamento dos infetados, nem sequer o distanciamento social". A administração do lar é visada na auditoria, mas também a Autoridade de Saúde Pública e Administração Regional de Saúde. Na conferência de imprensa de ontem sobre os números da Covid-19 no País, o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, agradeceu o inquérito realizado pela Ordem dos Médicos, que "deve ser analisado com cuidado", e acrescentou que os lares não são da responsabilidade direta da DGS.
O surto no lar de Reguengos de Monsaraz provocou, até agora, 162 casos de infeção e 18 mortos – 16 utentes, uma funcionária do lar e um homem da comunidade.
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