Falta de licença trava tratamentos com nova máquina contra o cancro
Acelerador linear parado há meses à espera de certificação no hospital de São João.
O Conselho de Administração do Hospital de São João, no Porto, confirma os atrasos na entrada em funcionamento de uma nova máquina de radioterapia instalada naquele hospital em fevereiro, mas assegura que "nenhum doente ficou sem tratamento" e que "os tempos de resposta foram garantidos", lembrando que o hospital tem protocolos de colaboração com o Instituto Português de Oncologia e com prestadores privados para assegurar o serviço.
A polémica surgiu após o familiar de um doente ter denunciado o atraso no início do tratamento, alegadamente porque o acelerador linear estava parado. Em causa estará a falta de certificação dada após avaliação de segurança feita pelo Laboratório de Proteção e Segurança Radiológica.
Ao CM, o hospital explica que o contrato com o laboratório foi assinado em 2017, mas que se "verificou uma divergência de análise na execução, o que motivou que o pagamento da segunda de três tranches ocorresse mais tarde". No entanto, o valor foi liquidado no dia 2 e o processo enviado para a Direção-Geral da Saúde. Esperam que "entre em funcionamento em breve".
PORMENORES
Doentes encaminhados
Por falta de meios e com a máquina de radioterapia parada, por mês são encaminhados 25 doentes para tratamento no IPO e em hospitais privados.
Avaliação de segurança
O Laboratório de Proteção e Segurança Radiológica iniciou a avaliação em março, após pagamento da primeira tranche, e prosseguiu em maio. A avaliação foi concluída este mês.
Acelerador linear vai ajudar na resposta
A aquisição do acelerador linear de radioterapia foi decidida após ter sido identificada uma deficiente resposta interna no hospital. Com este equipamento, o serviço de radiologia fica com duas máquinas para os tratamentos.n
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