Festa da Imaculada Conceição celebra-se há mais de 500 anos
Senhora da Conceição foi coroada rainha de Portugal em 1646 pelo rei D. João IV.
O assunto foi pela primeira vez tema de discussão em meados do século IV, quando Efrém da Síria, diácono, teólogo e músico, proclamou que só Jesus Cristo e Maria eram limpos e puros de toda a mancha do pecado.
A comparação de Maria com Cristo, Filho de Deus, levantou ondas de críticas, defendendo os primeiros teólogos que nenhum humano poderia ser, na sua pureza, equiparado a Deus.
Sabe-se que, mil anos depois, que São Tomás de Aquino, um dos maiores teólogos da Igreja, chegou a manifestar dúvidas, embora acabasse por considerar Maria ‘Virgem Imaculada’.
A Festa da Imaculada Conceição celebra-se há mais de 500 anos, tendo sido instituída pelo Papa Sisto IV em 1476. Mas Maria sem pecado original só se tornou verdade dogmática para a Igreja Católica em 1854, quando o papa Pio IX publicou a bula ‘Ineffabilis Deus’.
Em Portugal, a devoção à Imaculada Conceição vem do século XIV, quando, após a vitória na Batalha de Aljubarrota, Nuno Álvares Pereira mandou erguer em Vila Viçosa uma igreja dedicada à Senhora da Conceição.
A imagem dessa igreja foi, em 1646, coroada por D. João IV como ‘Rainha de Portugal’. A partir dessa altura nunca mais um monarca português colocou a coroa real na cabeça.
De resto, foi uma santa portuguesa, Beatriz da Silva, que fundou, em 1489, a primeira congregação dedicada à Imaculada Conceição.
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