Futuro dos professores nas mãos do PSD
CDS dá a mão à Esquerda e aprova apreciação parlamentar.
Foi sem surpresas que Bloco e PCP anunciaram que vão avançar com uma apreciação parlamentar do diploma, promulgado pelo chefe de Estado, que prevê a recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço dos docentes.
O CDS fez saber que vai aprovar a iniciativa, atirando a ‘batata quente’ para o PSD.
Se o partido de Rui Rio der ‘nega’ à apreciação, a iniciativa até pode ser discutida no Parlamento (são precisos dez deputados para que avance).
Mas será preciso o apoio dos sociais-democratas para que o decreto-lei seja efetivamente alterado. O PS já disse que não vai dar luz verde.
"Vamos esperar pela publicação do diploma e depois ponderamos", disse ao CM a deputada do PSD Margarida Mano, sublinhando a necessidade de "sustentabilidade financeira".
Já Ana Rita Bessa (CDS) avançou que o partido vai viabilizar a iniciativa e propõe nova negociação com os sindicatos em 2020.
"A maioria dos grupos parlamentares é favorável à recuperação total do tempo de serviço, de forma faseada. Vamos trabalhar para uma solução", disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que os partidos têm agora uma oportunidade de "encontrar uma vontade maioritária".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt