Hospital de Guimarães pioneiro em tratar aneurisma
Mulher de 85 anos foi o primeiro paciente a beneficiar.
O Hospital de Guimarães foi o primeiro em Portugal a tratar um aneurisma da aorta abdominal, doença grave caracterizada por uma dilatação da artéria que pode levar à morte, com um "inovador" sistema de "'selagem do aneurisma numa endoprótese".
Em declarações à Lusa, o diretor do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital da Senhora da Oliveira, Amílcar Mesquita, explicou que a endoprotese substitui, em muitos casos, a cirurgia "convencional" que consistia em abrir o doente e colocar uma prótese extra-artéria.
O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma "doença grave", sem sintomas, que se carateriza por uma "dilatação lenta e progressiva da aorta, a maior artéria do organismo que, quando rompe, origina uma perda de sangue muito grave" que pode resultar em morte súbita.
A endoprótese, explanou o clínico, "é uma prótase que se coloca por dentro da artéria para selar o aneurisma".
Amílcar Mesquita explicou que "antes os aneurismas operavam-se por cirurgia convencional em que se abria o doente e colocava-se uma prótese extraartéria" mas, disse, "atualmente, numa grande maioria de casos, introduz-se uma prótese por dentro da artéria do doente e quando chega ao sítio libertámo-la, é a endoprotese".
Uma mulher de 85 anos e com um aneurisma de 8 centímetros foi o primeiro paciente em Portugal a beneficiar daquela nova forma de tratamento de AAA.
Estima-se que, na Europa, 80 milhões de pessoas com mais de 65 anos estejam em risco de desenvolver um AAA.
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