Inovação contra a morte súbita
Já estão a ser colocados nos pacientes pacemakers compatíveis com ressonância magnética. Inovação ajuda no diagnóstico e pode evitar a morte súbita.
Quem colocar um pacemaker já pode tirar da lista de preocupações a realização de ressonâncias magnéticas. Isto porque estão a ser colocados nos pacientes dispositivos compatíveis com o exame em questão. Esta inovação na cardiologia ajuda no diagnóstico atempado e pode evitar a morte súbita.
O pacemaker é um dispositivo bastante usado na cardiologia. Mas só há cerca de dois anos é que se começaram a aplicar pacemakers compatíveis com a ressonância no nosso país. O que ainda se desconhecia era a importância de tal inovação.
"Há cada vez maior evidência da importância de um diagnóstico precoce na prevenção da morte súbita", explica Nuno Bettencourt, cardiologista do Hospital de Vila Nova de Gaia e do Hospital Lusíadas Porto.
A ressonância é um exame muito diferenciado, que normalmente só tem indicação numa fase mais avançada da investigação diagnóstica, isto é, na sequência de outros exames. "É recomendada para os pacientes com suspeita de terem uma doença estrutural do coração (cardiopatia). Estas cardiopatias podem ter causas muito variadas e associarem-se a insuficiência cardíaca e arritmias", explica o médico. Dependendo dos resultados da ressonância magnética, a estratégia terapêutica pode variar, porque a solução é diferente consoante a origem do problema. A resposta pode ser cateterismo, cirurgia, colocação de dispositivos [pacemakers ou desfibrilhadores] ou apenas medicação oral.
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