Jovem deu à luz na rua no Carregado devido a “erro humano” no atendimento

Devido ao "erro" a chamada não foi transferida para o INEM.

12 de agosto de 2025 às 18:54
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Um "erro humano" levou a que a chamada de socorro da grávida que teve o parto na rua não fosse encaminhada para o INEM, apurou uma averiguação preliminar dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) esta terça-feira divulgada.

"De acordo com averiguação preliminar solicitada pela SPMS ao operador privado da Linha SNS 24, existiu um erro humano na aplicação do algoritmo de triagem e no encaminhamento, levando a que a chamada não tivesse sido transferida para o INEM -- Instituto Nacional de Emergência Médica", lê-se na nota de imprensa da SPMS.

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Segundo o comunicado, foi solicitada a averiguação ao operador privado da Linha SNS 24 - a Altice -- para "aferir o sucedido" na chamada no caso da grávida do Carregado, que acabou por ter o bebé na rua, antes de uma ambulância ter chegado ao local.

A chamada feita para a linha dedicada SNS Grávida, às 10:16 de 11 de agosto "foi atendida, por um enfermeiro, no espaço de 17 segundos", acrescentando o comunicado que "o processo de triagem durou cerca de quatro minutos", que resultou no encaminhamento para o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, "o prestador de saúde disponível no sistema de informação".

Segundo a SPMS, a chamada deveria ter sido reencaminhada para o INEM.

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Contactada pela Lusa, a SPMS disse não poder prestar mais esclarecimentos adicionais às informações avançadas no comunicado sobre o caso, referindo que a averiguação prossegue e que ainda não foram ouvidas todas as pessoas envolvidas.

"A SPMS lamenta os factos relatados e reafirma o seu empenho e compromisso na melhoria contínua dos serviços prestados pela Linha SNS 24", concluiu o comunicado.

A ministra da Saúde solicitou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a abertura de um processo de inquérito ao caso de uma jovem grávida que teve o parto numa rua do Carregado, no concelho de Alenquer.

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"O procedimento foi já determinado pelo Inspetor-Geral das Atividades em Saúde para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida", refere o Ministério da Saúde em comunicado.

Contactado pela agência Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou que a Central 112 encaminhou a chamada de socorro, tendo a mesma sido atendida pelo CODU às 10:29.

O CODU ativou para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, às 10:33, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Torres Vedras, às 10:37, dado que a de Vila Franca de Xira estava empenhada noutra ocorrência.

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Segundo o INEM, a mãe e a bebé foram transportadas para o Hospital de Santarém, com acompanhamento do médico da VMER.

O comandante dos bombeiros de Alenquer, Daniel Ribeiro, disse, por seu turno, à Lusa que, a corporação recebeu uma chamada do CODU, tendo saído uma ambulância para a ocorrência pelas 10:30 e chegado ao local pelas 10:38.

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