Mamografias podem diminuir nos próximos anos

Estudo canadiano põe em causa a eficácia dos exames na deteção precoce dos tumores.

20 de fevereiro de 2014 às 16:11
mamografias, rastreio, canadiano Foto: Pedro Catarino
Partilhar

O rastreio do cancro da mama poderá sofrer alterações nos próximos anos, passando pela diminuição do número de mamografias recomendadas a mulheres com mais de 55 anos, que atualmente é bianual.

Em 2009 registaram-se 3075 novos casos de cancro da mama em Portugal. Segundo o estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, com 90 mil mulheres entre os 40 e os 59 anos, o número de vítimas de cancro da mama foi similar tanto nas mulheres que realizaram o exame quanto nas que não o fizeram.

Pub

"Se estes dados se confirmarem, podemos vir a assistir a uma diminuição no número de mamografias ou até a um exercício de realização de mamografias confirmatórias em doentes ou com risco pre-estabelecido ou lesão detetada em exame mastológico", o que deverá acontecer "dentro de cinco a dez anos", explicou Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto da Saúde, à margem das XXI Jornadas do Registo Oncológico Nacional (ROR-Sul), em Lisboa.

Para Ana Miranda, diretora do ROR-Sul, a alteração do diagnóstico "exige disciplina das populações e dos médicos". "Não levanta problemas, desde que a apalpação seja feita como deve de ser", disse.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar