Mancha de poluição vinda de navio atinge Oeiras. Praia da Torre encerrada
Reabastecimento de dois navios no rio Tejo resultou num derrame de combustível.
Uma fuga de combustível durante o reabastecimento entre dois navios, no rio Tejo, junto à Ponte 25 de Abril, resultou num derrame que, devido à maré, está a atingir a costa na zona de Oeiras, apurou o CM junto de fonte da Autoridade Marítima.
O incidente ocorreu durante a madrugada desta segunda-feira – deixou de estar contido pelas 02h00 - e, por efeito da maré a vazar, a mancha de combustível foi levada para jusante e atingiu costa na zona da marina de Oeiras e praia da Torre. Trata-se de um ‘heavy fuel oil’ e há meios no terreno para combater o foco de poluição.
O navio e o seu comandante estão identificados.
Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) explica estar a ser combatido o foco de poluição no rio Tejo, por elementos da Capitania do Porto de Lisboa, e que esta terá sido causada "devido a um derrame de cerca de 400 litros de óleo combustível (fuel oil), na sequência de uma manobra de reabastecimento entre dois navios, no rio Tejo, a jusante da Ponte 25 de Abril".
De acordo com a nota, após o alerta para o incidente, uma equipa de intervenção de combate à poluição da Capitania do Porto de Lisboa deslocou-se para o local, "colocando barreiras de proteção em redor dos dois navios, para conter e mitigar os efeitos do derrame, tendo sido possível recolher parte do material poluente".
Ainda segundo a nota, foram também detetados "alguns focos de poluição junto à Marina de Oeiras e na praia da Torre", encontrando-se uma equipa da Capitania do Porto de Lisboa a realizar os trabalhos de remoção e limpeza do material poluente.
A Capitania do Porto de Lisboa e a Polícia Marítima já comunicaram o caso ao Ministério Público e estão a realizar diligências de âmbito criminal.
A Câmara de Oeiras encerrou a Praia da Torre devido ao derrame. Fonte da Câmara Municipal de Oeiras, disse à agência Lusa que a mancha de crude "está a aumentar, tendo sido também encerradas a Praia de Santo Amaro e a de Paço de Arcos".
O responsável adiantou que o incidente se deu entre um navio português, que tinha o combustível, e um outro de bandeira dos Países Baixos.
O porta-voz acrescentou não poder adiantar para já o volume de combustível derramado, frisando que "a limpeza e contenção da poluição serão realizadas conjuntamente entre vários organismos".
Segundo Ricardo Sá Granja, também a Marina de Oeiras foi afetada pelo derrame.
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