Manifestação de ucranianos frente a embaixada da Federação russa pede fim do imperialismo russo

"Se a Ucrânia desaparecer, a Europa desaparece", disse o presidente da Associação de Ucranianos em Portugal.

17 de dezembro de 2023 às 14:53
Pavlo Sadokha, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal
Partilhar

Vinte e oito ucranianos manifestaram-se, este domingo, frente à embaixada da Federação Russa, em Lisboa, em solidariedade para com os concidadãos detidos pela Rússia, com o presidente da Associação de Ucranianos em Portugal a pedir o "fim do imperialismo russo".

"Se a Ucrânia desaparecer, a Europa desaparece, enquanto se desaparecer o imperialismo russo, a Europa vai continuar a prosperar", acrescentou Paulo Sadokha.

Pub

Sem números oficiais de quantos cidadãos ucranianos continuam detidos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, Paulo Sadokha disse cifrarem-se em algumas centenas.

"Somos poucos, mas o que estamos a fazer hoje aqui está a acontecer em várias capitais europeias", observou, acrescentando "que não passa pela cabeça de pessoas civilizadas o que os russos fazem aos presos ucranianos".

Pub

Prestes a iniciar-se o segundo ano de guerra, o presidente da Associação de Ucranianos em Portugal reiterou que os ucranianos "não baixarão os braços nem desistirão da guerra" enquanto não derrotarem o invasor.

Paulo Kadokha frisou que este Natal é "ainda mais triste que o do ano passado", pois não existe um fim à vista pela guerra iniciada pela Rússia.

Congratulou-se ainda por já se terem iniciado conversações para a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE), considerando "elucidativo" de que a luta dos ucranianos "não tem sido em vão".

Pub

Agradecendo ao "povo e aos políticos portugueses" por sempre terem auxiliado a Ucrânia desde o início do conflito, Paulo Sadokha sublinhou que os ucranianos residentes em Portugal "não descansarão enquanto a sede da Federação russa não sair das instalações em Lisboa" nem enquanto a bandeira daquele país, "uma bandeira do mal", continuar hasteada no edifício bem como noutros países europeus.

"A Ucrânia não pretende eliminar o povo russo, quer, sim, o fim do imperialismo russo", observou.

O dirigente da Associação de Ucranianos em Portugal voltou a pedir à população e aos políticos portugueses para "não deixarem os ucranianos sozinhos".

Pub

Dos 28 manifestantes apenas uma, funcionária da embaixada da Ucrânia em Portugal, tem um primo detido pela Rússia.

Vinda há três meses de Kiev, mostrou-se "muito preocupada" com o que possa vir a acontecer àquele familiar.

No final da concentração e já depois de terem gritado "Slava Ucrânia" e entoado o seu hino, os manifestantes rumaram à Praça dos Restauradores, para participarem numa iniciativa a realizar hoje onde vão ser cantadas composições de Natal ucranianas, numa iniciativa "que contará com a presença da embaixadora".

Pub

Nos Restauradores farão ainda um peditório para enviarem para cidadãos ucranianos com familiares presos pela Rússia, concluiu Paulo Sadokha.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar