Médicos em protesto fazem parar cirurgias
Adesão de quase 85% nos cuidados de saúde primários e de 95% nos blocos operatórios.
Milhares de cirurgias e consultas adiadas. Foi este o balanço feito ontem do primeiro de três dias de greve dos médicos. O impacto da paralisação foi sentido de Norte a Sul do País e, de acordo com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), "registou uma adesão próxima dos 85% nos cuidados de saúde primários e de quase 95% nos blocos operatórios".
Ontem, o dia ficou também marcado pela concentração de centenas de profissionais junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa. Ouviram-se gritos de ordem como "Adalberto desaparece, o SNS agradece", pedindo a demissão do ministro Adalberto Campos Fernandes.
"É-nos imposta uma lista de utentes com uma dimensão enorme e que só serve para tapar o sol com a peneira porque não nos permite atender todos. Muitos ficam sem consultas", disse ao CM Marta Antunes, médica de família no Centro de Saúde do Entroncamento.
No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, só dois blocos operatórios estiveram em funcionamento. Nos hospitais de Faro e Portimão foram apenas assegurados os serviços mínimos, tal como no Hospital de São José, em Lisboa. No Hospital de São João, no Porto, e na unidade de Matosinhos funcionou um único bloco operatório.
O Hospital dos Covões, em Coimbra, registou, segundo os sindicatos, uma adesão à greve de 100%.
Manifestação de enfermeiros no dia 19
Os enfermeiros acusam o Governo de não cumprir as promessas feitas em outubro de 2017 e de continuarem "sem ter uma carreira".
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