Movimento pelo Tejo diz que “Portugal não cumpriu caudais”
Acusação garante que não foi assegurado o caudal mínimo à chegada à foz do Tejo.
O Movimento pelo Tejo (proTejo) diz que, tal como Espanha, Portugal também "não assegurou os caudais de chegada à foz do estuário do Tejo" previstos na Convenção de Albufeira.
Para o movimento ambientalista, Portugal não cumpriu, "ao escoar menos 805 hm3 [hectómetros cúbicos] do caudal mínimo anual a cumprir em Ponte de Muge de 4000 hm3 (1300 hm3 da sub-bacia entre Cedillo e Ponte de Muge mais 2700 hm3 em Cedillo), com base na estimativa de escoamento de um caudal anual de 3195 hm3."
"Portugal não assegurou os caudais de chegada à foz no estuário do Tejo, colocando em causa o transporte de sedimentos e nutrientes essenciais à sobrevivência dos ecossistemas estuarinos", afirmou Paulo Constantino porta-voz do movimento.
O responsável nota que os movimentos ambientalistas "têm de estar atentos à situação no Tejo e aos dados disponíveis de forma permanente", sublinhando que "a empresa hidroelétrica concessionária das barragens portuguesas acumula água sem ter em consideração a necessidade de assegurar um caudal ecológico de chegada à foz no estuário do Tejo, ou seja, presumivelmente, o caudal mínimo definido para a Ponte de Muge".
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, acredita que a falta de água no Tejo vai ser solucionada este ano, não só porque Espanha vai cumprir a Convenção de Albufeira, mas sobretudo devido à chuva que cai a partir de hoje e que se prevê em grande quantidade.
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