Papa Francisco: ‘‘Santidade ou nada’’
Sumo Pontífice defende vida cristã com procura pela santidade.
O Papa Francisco defendeu esta quinta-feira, no Vaticano, na recitação do Angelus, que a vida cristã deve ser uma busca de santidade.
Na solenidade de Todos os Santos, o Sumo Pontífice questionou os cristãos: "De que lado estamos: do lado do Céu ou do lado da terra? Vivemos para o Senhor ou para nós mesmos, para a felicidade eterna ou para algum contentamento agora. Perguntemo-nos: queremos realmente a santidade? Ou contentamo-nos em ser cristãos que creem em Deus, sem infâmia nem louvor e estimam o próximo sem exagerar?", resumindo em seguida: "Santidade ou nada!"
Recorde-se que desde o primeiro dia do seu pontificado que Francisco defende um modelo cristão de felicidade como alternativa a uma sociedade "consumista e egoísta".
Na solenidade de Todos os Santos Francisco disse que "faz-nos bem deixar-nos provocar pelos santos, que aqui não tiveram meias medidas e desde já (no Céu) torcem por nós, para que escolhamos Deus, a humildade, a misericórdia, para que nos apaixonemos pelo Céu, mais do que pela terra".
Hoje, Francisco vai presidir à Missa do Dia dos Fiéis Defuntos no cemitério Laurentino, em Roma, fundado em 2002, e que tem a particularidade de contar com um Jardim dos Anjos, para os nados-mortos.
Reencontro com os antepassados
As celebrações têm raízes que remontam há mais de 3000 anos, a uma época anterior aos descobrimentos europeus e à cristianização das Américas. O festival é um momento de alegria e festa, pois assinala a reunião com os entes queridos que já partiram.
No Japão, o Dia dos Mortos chama-se Obon e celebra-se no verão. O Obon recorda os antepassados e dura três dias, durante os quais são feitas oferendas nos templos e são acesas lanternas à entrada das casas, para mostrar o caminho aos antepassados. As lanternas são depois lançadas no mar para guiar os mortos no regresso ao seu mundo.
SAIBA MAIS
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de novembro é o dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados. É celebrado pela Igreja Católica depois do Dia de Todos os Santos (1 de novembro), que surgiu numa declaração do Papa Gregório III (731-741), na Basílica de São Pedro. Exaltou e exortou os católicos a rezarem pelas relíquias e almas dos santos.
Cremações desde 1963
Desde 1963 que os fiéis têm a liberdade de escolher entre a cremação ou a sepultura. O documento da cremação aos cristãos foi aprovado pelo Papa Paulo VI. Em Portugal, o número de cremações tem vindo a aumentar, representando quase um quinto dos funerais no País.
Igreja prefere sepultação
A Igreja Católica prefere que os fiéis optem pela sepultação. Em 2016, a Santa Sé publicou uma instrução sobre a sepultura, em que relembra que é proibido espalhar cinzas da cremação e alerta para a necessidade de conservá-las em cemitérios ou locais sagrados.
Conservação das cinzas
O documento da Santa Sé exclui a preservação dos restos mortais cremados (cinzas) em casa, assim como a transformação destas em peças de joalharia ou outros objetos.
Orientações para cremar
Foi publicado em Portugal, em 2006, o novo Ritual das Exéquias. A principal novidade é a presença de um capítulo com orientações para casos em que se faz cremação do corpo.
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