Parque escolar recebe 41 milhões mas deixa escolas em risco

Modernização do Parque Escolar obriga, em média, cada escola a pagar 600 mil euros por ano.

23 de dezembro de 2016 às 09:27
Escola Básica e Secundária de Carcavelos, Cascais, Parque Escola, Adelino Calado, Parque Escolar, Manuel Pereira Foto: Pedro Catarino
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Renovada em 2012, por cerca de dez milhões de euros, a Escola Básica e Secundária de Carcavelos (Cascais) enfrenta, quatro anos depois, problemas de segurança que levaram a direção a decidir pelo encerramento do estabelecimento de ensino caso não sejam realizadas obras urgentes.

A escola paga todos os anos à responsável da obra, a Parque Escola, cerca de 600 mil euros – 500 mil de renda e 100 mil de manutenção, segundo revela ao CM o diretor do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, Adelino Calado. O mesmo acontece em cada uma das 69 escolas – totaliza mais de 41 milhões de euros – renovadas na terceira fase dos trabalhos da Parque Escolar, conforme avança ao CM Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares. "A escola de Carcavelos não é a única onde a segurança pode estar em causa por falta de manutenção", acrescenta.

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O contrato, entre a Parque Escolar e as escolas, obriga a que seja fixado em cada estabelecimento de ensino um técnico de manutenção. Manuel Pereira, porém, garante que "a obrigação não é cumprida". Adelino Calado confirma: "Nos dois primeiros anos, o técnico polivalente não esteve presente, depois ficou cerca de um ano, até fevereiro, e não mais voltou".

A Parque Escolar procedeu então ao "lançamento de um concurso público internacional para a continuação da prestação de serviços para as escolas da fase 3 do Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário". Contudo, refere a Parque Escolar ao Correio da Manhã, "foi interposta uma ação de contencioso pré-contratual por um dos concorrentes, ficando de imediato todos os atos suspensos".

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