PSP e GNR começam a ser vacinados este sábado contra a Covid-19

A vacinação das forças policiais contra a Covid-19 arrancou este sábado, revelou o Ministério da Administração Interna (MAI) Cerca de 20 mil agentes de forças policiais vão ser vacinados nas próximas três semanas.

O primeiro-ministro, António Costa, e o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, acompanham este sábado a vacinação que arrancou no Quartel Conde de Lippe, na Ajuda, em Lisboa.

"Estamos a iniciar uma nova fase dentro daquilo que desde dezembro está no plano de vacinação", afirmou Eduardo Cabrita em declarações aos jornalistas, sublinhado que as forças de segurança "têm tido uma presença que todos os portugueses conhecem e respeitam". O ministro da Administração Interna deixou também um agradecimento às forças policiais e ao ministério da saúde pela organização para vacinação destes elementos.

António Costa anunciou que "foi cumprido já o primeiro objetivo da vacinação integral de todos os residentes em lares", desenrolando-se agora a vacinação de pessoas com mais de 80 anos. O Chefe do Executivo afirmou que a vacinação arranca agora num grupo que é fundamental proteger, o das forças de segurança, uma vez que estes representam um papel importante na sociedade e no funcionamento do Estado. "Têm desempenhado um conjunto de funções da maior importância", referiu o primeiro-ministro, agradecendo a forma exemplar do desenrolar do processo neste grupo.

Até à semana passada foram administradas meio milhão de vacinas da Covid-19. O objetivo, disse Costa, passa por chegar a 1,4 milhões de portugueses vacinados até ao início de abril.

A vacinação de 10 mil agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e de 10 mil militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) "reconhece o papel das Forças de Segurança no combate à pandemia da covid-19, colocando-as entre as prioridades de vacinação dentro das funções essenciais do Estado", tendo o planeamento do processo sido elaborado "de forma articulada entre a GNR e a PSP".

"A ordem dos elementos a vacinar foi definida pela Guarda Nacional Republicana e pela Polícia de Segurança Pública, com base em critérios operacionais - priorizando militares e agentes na linha da frente e mais expostos aos riscos do coronavírus - e também critérios de saúde - com prioridade a elementos que sofrem das comorbilidades/patologias listadas pela Direção-Geral da Saúde", refere o comunicado do MAI.

O centro de vacinação vai funcionar no quartel da GNR na Ajuda, em Lisboa, com seis elementos do centro clínico da GNR e três elementos da Cruz Vermelha Portuguesa, adianta o comunicado que esclarece ainda que nas outras regiões do país a vacinação dos agentes das forças de segurança vai decorrer nos centros de saúde.

Na PSP, serão os Comandos Metropolitanos de Lisboa e do Porto a vacinar um maior número de agentes, com 3.815 incluídos no plano em Lisboa e mais de 1.600 no Porto.

Já na GNR serão os comandos do Porto, Lisboa, Aveiro e Setúbal a vacinar um maior número de militares, sendo o comando do Porto o que mais guardas vacina nesta fase (1.086).