Queixa no acesso a mamografias

Há mulheres que se queixam da dificuldade do acesso a meios de diagnóstico e prevenção do cancro da mama. Alguns médicos de família ainda mostram relutância em prescrever mamografias e ecografias mamárias a mulheres com idades abaixo dos 35-40 anos, grupos etários que não se enquadram no que está determinado internacionalmente.

A Associação de Mulheres Mastectomizadas - Ame & Viva a Vida, sedeada em Lisboa, recebeu algumas queixas de jovens. Margarida Alves, sócia fundadora da associação, afirma ao CM que há alguns profissionais que só prescrevem os exames após "alguma insistência" por parte das mulheres.

"O diagnóstico precoce do cancro da mama para a mulher e para o homem é o principal meio para detetar a doença, e quanto mais no início for detetada maior probabilidade há de se chegar a bom porto, a um final feliz", sublinha Margarida Alves.

A associação não se limita a prestar informação a todos aqueles que a contactam. Margarida Alves explica ao CM que quem venceu a doença dá também os seus testemunhos pessoais.

"Quando alguém precisa de um suporte adicional, direcionamos as pessoas para os profissionais de saúde que colaboram com a associação de uma forma voluntária e a custo zero", sublinha esta responsável.

Quando as mulheres ou homens – também há casos de cancro da mama nos homens – tiverem os exames já feitos, os resultados podem ser avaliados pelos médicos que colaboram com a associação. Caso não haja exames, os profissionais poderão dizer quais os passos que se devem dar para a sua realização.