Relatório sugere "alta probabilidade de Humanidade chegar ao fim em 2050"

Documento admite uma janela de oportunidade para reverter as alterações climáticas.

05 de junho de 2019 às 15:41
Ártico Foto: Getty Images
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Um novo relatório sobre alterações climáticas apresenta um cenário lancinante para a Humanidade até meio do século. O documento, publicado pelo Breakthrough National Centre for Climate Restoration, um think-tank australiano, é da autoria de uma antigo executivo da petrolífera Shell e é apoiado por um chefe militar da Austrália.

O relatório - Can we think in new ways about the existential human security risks driven by the climate crisis? – descreve uma mudança climática como "uma existente ameaça para a civilização humana" e apresenta a possibilidade de os problemas atingirem efeitos destrutivos em 30 anos. É ainda considerado que as ameaças de segurança relacionadas com o clima são muito mais prováveis do que é convencionalmente aceite, mas são, porém, impossível de quantificar porque "são diferentes da experiência humana dos últimos milhares de anos".

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Na nossa corrente trajetória, a análise avisa, "os sistemas planetários e humanos estão a alcançar um ponto impossível de retornar" até meio do século, com a expectativa de uma grande parte da Terra ficar inabitável até provocar o caos nas nações e ordem internacional". Os cenários previstos pelo relatório englobam a subida de três graus Celsius da temperatura média da Terra, o que levaria ao colapso de ecossistemas fulcrais, como "recifes de corais, a floresta da Amazónia e o Ártico".

Os resultados seriam devastadores: um bilião de pessoas teriam de ser relocalizadas por causa de condições de vida inóspitas e dois biliões enfrentariam escassez de recursos de água. A agricultura iria ser destruída nas zonas subtropicais e a produção de comida iria sofrer internacionalmente.

Mas seria possível evitar os riscos desta situação plausível, defendem os autores do relatório, através de uma mobilização de emergência com uma escala semelhante à Segunda Guerra Mundial, com foco na construção de sistemas industriais com zero emissões de carbono. "Um cenário de fim em 2050 mostra um mundo em colapso social e caos, mas há uma curta janela de oportunidade para uma mobilização global de recursos urgente", reforça Spratt.

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ONU em alerta: Humanos podem extinguir até um milhão de espécies

Até um milhão de espécies encontram-se em risco de extinção devido à influência humana. A garantia é dada pelas Nações Unidas (ONU) num relatório preliminar, avançado pela AFP, que cataloga as formas como a Humanidade comprometeu os recursos naturais dos quais a sua própria sobrevivência depende.

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