Sardinha gera conflito
Pescadores do sul são contra a distribuição de quotas por barco e por organização de pesca.
Os pescadores do sul do País estão contra a atual distribuição de quotas de sardinha por barco e por organização de pescadores, que dizem apenas favorecer os pescadores do norte. As organizações de pesca queixam-se de discriminação nas capturas e apelam a uma repartição nacional da quota.
O Governo distribuiu as cerca de quatro mil toneladas de quota de sardinha disponível entre 1 de março e 31 de maio por dez organizações de produtores, mas a repartição não agrada a todos. No Algarve, os pescadores defendem um limite de captura diário. "Nós estamos a fazer uma contenção diária e é assim que todos deviam fazer, com o acompanhamento da federação", defende Mário Galhardo, da organização algarvia Barlapescas.
Outras organizações do sul do País têm posição semelhante. "A quota deve ser nacional e devia ser estabelecido um limite diário de pesca em função da dimensão das embarcações, para que todos estejam em igualdade de circunstâncias", referiu Carlos Macedo, da Artesanal Pesca e que representa ainda organizações do Algarve, Sines, Setúbal, Sesimbra e Costa da Caparica. Carlos Macedo alerta ainda que a situação vai "gerar conflitos muito difíceis de gerir".
O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, admitiu ontem rever a distribuição de quotas a partir de julho.
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