Quer manter a linha? Siga estas dicas para não engordar

Nutricionista enumera vários tipos de farinha e alternativas ao açúcar que permitem ganhos na saúde e redução nas calorias.

06 de abril de 2019 às 01:30
Bolo é uma sobremesa em que há um variado conjunto de ingredientes que podem substituir a farinha branca e o açúcar Foto: Getty Images
Cereais integrais são alternativa para quem não tolera o trigo Foto: Getty Images
Mel é cada vez mais utilizado na pastelaria como alternativa ao açúcar refinado Foto: Getty Images

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Uma boa parte das sobremesas têm como ingredientes principais o açúcar e a farinha branca. "Do ponto de vista nutricional, estes são, contudo, ingredientes pobres e pouco interessantes", explica a nutricionista Bárbara Almeida Araújo.

"Existem várias alternativas naturais ao açúcar branco, nomeadamente as tâmaras, que são ricas em potássio, magnésio, cobre, vitamina B6 e fibra", exemplifica Bárbara Araújo, apontando que também o açúcar de coco é uma alternativa: "É rico em cálcio, potássio e zinco".

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Outras sugestões são os figos secos, que são ricos em fibra, vitamina B6, ferro, potássio, fósforo e cálcio, e a banana, rica em potássio, magnésio e fibra.

Bárbara Araújo indica também a possibilidade de recorrer a xaropes, "como o de ácer ou agave. Ricos em vitaminas do complexo B, cobre e magnésio". Outra alternativa bem conhecida, lembra, é o mel.

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O conjunto de alternativas à farinha de trigo branco é ainda mais vasto. Bárbara Araújo destaca a farinha de espelta. "Um cereal ancestral rico em fibra, manganês, fósforo, niacina, magnésio, zinco e ferro", refere.

Além disso, "tem um índice glicémico mais baixo do que a farinha de trigo e um teor menor de glúten do que o trigo comum, por isso, algumas pessoas que não se sentem bem com a ingestão de trigo comum toleram muitas vezes o trigo espelta".

"Outra alternativa é o trigo sarraceno: este pseudocereal é isento de glúten, rico em ferro e vitaminas do complexo B, e, ajudando no combate à anemia, é uma boa fonte de fibra, o que ajuda a regular o trânsito intestinal. O seu baixo índice glicémico permite manter os níveis de glicemia estáveis, sendo benéfico no controlo da diabetes", adianta.

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"A aveia é outra alternativa interessante, sendo rica em proteína, manganês, fósforo, cobre, vitamina B6, magnésio, fibra, crómio, zinco e proteína", lembra ainda a autora do blog Manias de uma Dietista.

A aveia ajuda a reforçar o sistema imunitário, reduz o risco de desenvolver diabetes tipo 2, reduz o colesterol e ajuda a combater a depressão.

"Açúcar refinado é um vício"

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CM – O que representa o açúcar para a saúde?

Bárbara Almeida Araújo - O açúcar refinado (branco) é considerado um veneno, um vício, uma droga. A longo prazo a ingestão excessiva de açúcar é uma das principais causas de obesidade infantil.

– E nos adultos?

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– Leva ao aumento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, doenças cardíacas e esteatose hepática - o fígado gordo. O consumo de açúcar refinado aumenta ainda o risco de depressão, favorece a acumulação de gordura, sobretudo na zona abdominal, e, pelo seu potencial inflamatório, agrava doenças como a artrite reumatoide.

–Há riscos no consumo de farinha de trigo branca?

– É pobre do ponto de vista nutricional e tem um índice glicémico alto. Existem alternativas com um índice glicémico mais baixo.

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PORMENORES 

Cereais com glúten

Cereais com glúten menos populares do que a farinha branca de trigo mas mais ricos em termos de nutrientes são a farinha de cevada, centeio ou kamut.

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Sem glúten

Dentro das farinhas sem glúten, provenientes de cereais ou pseudocereais, há ainda o arroz integral, quinoa ou o amaranto, por exemplo. Destaca-se ainda a farinha de coco e a de amêndoa, duas opções sem glúten e de baixo teor em hidratos de carbono.

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