Sindicato da PSP anuncia mais plenários no aeroporto de Lisboa até Governo resolver problemas

Presidente do maior sindicato da PSP frisou que os polícias vão "continuar com a luta até que o Governo dê resposta à atribuição de um suplemento aeroportuário".

04 de novembro de 2025 às 16:09
PSP Foto: Direitos Reservados
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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) anunciou esta terça-feira a realização de mais plenários que condicionem o funcionamento do aeroporto de Lisboa até o Governo "resolver os problemas" dos polícias que estão nas fronteiras aéreas.

Esta decisão saiu do plenário que a ASPP realizou hoje de manhã no aeroporto de Lisboa para denunciar "a falta de condições" dos polícias, que estão "totalmente exaustos e desmotivados", e que contou com cerca de 100 elementos da Polícia de Segurança Pública que trabalham naquela infraestrutura.

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"Caso o Governo não comece a dar respostas na resolução dos problemas, vamos insistir nos plenários que têm impactos no funcionamento do aeroporto", disse à Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos, avançando que ficou marcado um plenário para dezembro, perto do Natal, a realizar no aeroporto de Lisboa e que contará com polícias que trabalham nas fronteiras aéreas de todo o país.

O presidente do maior sindicato da PSP frisou que os polícias vão "continuar com a luta até que o Governo dê resposta à atribuição de um suplemento aeroportuário, como acontecia com os ex-inspetores do SEF, melhores condições de trabalho, aumento de efetivo, dignificação salarial e fim das pressões da ANA -- Aeroportos".

Paulo Santos afirmou que durante o plenário os polícias contaram a atual situação que se vive no controlo de passageiros nas fronteiras aeroportuárias, uma competência que a PSP herdou há dois anos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

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"Falta de efetivo, escassez de recursos, falta de equipamentos, pressão exercida para desenvolver o controlo de pessoas" são algumas das queixas, disse, avançando que há um "desrespeito brutal pelas condições de trabalho".

Segundo o presidente da ASPP, o Governo deu agora 100 dias à PSP para reduzir o tempo de espera dos passageiros quando está a ser feito o controlo, o que provoca uma "desvalorização da componente da parte da segurança".

O sindicalista relatou ainda que os polícias estão "desmotivados pela forma como estão a ser tratados" e está a ser recusada a transferência para outros locais da PSP.

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