"Situação no Aeroporto de Lisboa ultrapassou claramente o aceitável": marido de Paula Amorim escreve carta a Montenegro
Caos no Aeroporto Humberto Delgado está a revoltar milhares de passageiros e famílias, muitas delas com crianças, que chegaram a Lisboa.
O avião de Josefina aterrou pela 11h15 em Lisboa. Às 17h40, ainda não tinha conseguido sair do aeroporto. E não fazia ideia de quando chegaria a sua vez. Este é apenas um exemplo do drama vivido este domingo por milhares de passageiros e famílias, muitas delas com crianças, que chegaram a Lisboa. Era tanta gente à espera de cumprir as formalidades, que não se pode falar propriamente em filas.
Nos vídeos que chegaram à redação do CM, aquilo que se vê é uma multidão compacta, em que só se veem cabeças. São imagens impressionantes, que revelam, de forma inequívoca, o caos que continua no Humberto Delgado. São inúmeros os casos em que a viagem, mesmo de longo curso, demorou menos que o tempo de espera para passar no controlo fronteiriço. O Governo reforçou o contingente policial, mas, na prática, pouco ou nada se alterou. Entrar em Lisboa tornou-se, para muitas pessoas, um pesadelo, que poderá ter sérias consequências no turismo.
Em carta endereçada ao primeiro-ministro, Miguel Guedes de Sousa, marido de Paula Amorim, uma das principais ‘donas’ da Comporta, proprietária de espaços de luxo como o JNcQUOI e líder do clã Amorim, a família mais rica de Portugal, alerta: “A situação no Aeroporto de Lisboa ultrapassou claramente o aceitável. Não é um episódio pontual, é um colapso operacional continuado, com impacto imediato na economia, na imagem do país e na confiança de quem nos visita e investe”. Na missiva, a que o CM teve acesso, Miguel Guedes de Sousa chama a atenção para as horas de espera, que deixam os “passageiros exaustos, turistas indignados e operadores económicos em alerta máximo” e para o efeito em cadeira: agências de viagens em desespero; hotéis a receber cancelamentos; restaurantes e serviços a perder clientes; e Portugal a ver fragilizada uma reputação construída ao longo de décadas. “Não podemos esperar mais um dia. Este é um momento que exige liderança direta, autoridade do Estado e decisão imediata”, escreve Miguel Guedes de Sousa.
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