TAP diz que padrões de segurança internos e do regulador impedem voos para Venezuela
Governo venezuelano cumpriu a ameaça e revogou as licenças de operação de várias companhias aéreas internacionais, entre as quais a TAP.
A TAP disse esta quinta-feira que a falta de condições de segurança, impostas pelos seus padrões internos e pelo regulador, não permite voar para a Venezuela de momento, garantindo que quer continuar a servir a diáspora naquela região.
"A TAP voa há quase 50 anos para a Venezuela e quer continuar a servir a comunidade e a diáspora nacional naquela região. Todavia, não o pode fazer de momento por falta de condições de segurança, impostas tanto pelos seus standards internos, como pela ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil]", afirmou a companhia aérea, em resposta escrita enviada à Lusa.
O Governo venezuelano cumpriu a ameaça e revogou as licenças de operação de várias companhias aéreas internacionais, entre as quais a TAP, acusando-as de se "unirem aos atos de terrorismo" promovidos pelos EUA.
O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, já veio reagir ao revogar das licenças de operação por parte da Venezuela. "O Governo de Portugal não cede a ameaças, ultimatos ou pressões de qualquer natureza", escreveu na rede social X. "A nossa atuação é guiada exclusivamente pelo superior interesse nacional e pela defesa intransigente da segurança dos portugueses — em qualquer parte do mundo".
"Em matéria de aviação civil, como em todas as áreas estratégicas, Portugal respeita as regras internacionais, as melhores práticas de segurança e a coordenação com as autoridades aeronáuticas competentes. É isso que garante a proteção dos passageiros, das tripulações e das nossas companhias aéreas", prossegue Pinto Luz.
"Portugal é um país livre, soberano e responsável. Agiremos sempre com serenidade, firmeza e sentido de Estado — protegendo os nossos cidadãos, defendendo as nossas instituições e afirmando, sem hesitações, a dignidade do país", finalizou.
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